Pós eleições

Kamala liga para Trump para felicitá-lo e pede transição pacífica

Harris discutiu a importância de fazer uma transferência pacífica de poder e de Trump ser um presidente para todo o povo dos EUA

Kamala Harris
Foto: Reprodução / X / Kamala Harris

A candidata democrata Kamala Harris foi derrotada nas urnas da eleição presidencial dos EUA nesta quarta-feira (6) e ligou para Donald Trump para parabenizá-lo pela vitória, confirmou um assessor da campanha. 

Harris discutiu a importância de fazer uma transferência pacífica de poder e de Trump ser um presidente para todos os norte-americanos, afirmou essa fonte segundo a NBC.

Além disso, outros dois assessores de Harris disseram que a democrata passou a manhã e a tarde trabalhando em seu discurso de concessão, que será feito ainda nesta quarta-feira na Universidade Howard, sua alma mater.

A equipe da campanha de Harris passou pouco tempo trabalhando em uma concessão ou em um discurso de vitória antes dessa quarta-feira, disse um de seus assessores. 

O maior empenho da equipe foi em criar um discurso que diria às pessoas para “esperarem” porque a crença era que os resultados da corrida ainda fossem incertos a essa hora.

Joe Biden também está planejando ligar para Trump, segundo a “InfoMoney”, e deve falar publicamente sobre os resultados das eleições, de acordo com um funcionário da Casa Branca.

Vitória de Trump amplia desafios do Brasil com inflação e juros

Donald Trump foi eleito presidente dos EUA nesta quarta-feira (6) e seu retorno a partir de 2025 indica um cenário econômico mais difícil para o Brasil. O mundo deve lidar com mais medidas protecionistas, pressões inflacionárias mais fortes e níveis mais altos de juros no mundo, avaliaram três autoridades do Ministério da Fazenda, segundo apuração da “Reuters”.

Uma das fontes da Fazenda apontou que o governo deve fazer reformas estruturais com mais afinco para evitar que o ambiente desafiador no Brasil após a eleição de Trump. Nesse momento, alguns aliados políticos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva são contra as medidas de ajuste fiscal.

“Se não fizer os ajustes o dólar vai estabilizar nos 6 reais, a inflação vai para 5% ou mais e juros passam dos 13%, ficando lá até a eleição (presidencial de 2026). Não creio que alguém que queira se reeleger vai gostar de um cenário desses”, disse uma das fontes sob anonimato, segundo o veículo de notícias.

A deputada federal e presidente do PT (Partido dos Trabalhadores), Gleisi Hoffmann, comentou que a eleição de Trump pede um fortalecimento da democracia no Brasil, “mas principalmente respostas concretas às necessidades e expectativas do povo, que não cabem na receita neoliberal que o mercado quer impor”. 

Anteriormente, na terça-feira (5), ela era contra as medidas de ajuste fiscal na Saúde, Educação, seguro-desemprego, benefícios assistenciais e aposentadorias.