Política

Moraes suspende porte de armas de fogo no DF para posse de Lula

Medida de Moraes visa aumentar a segurança para a cerimônia de posse do petista

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes suspendeu temporariamente as autorizações de porte e transporte de armas de fogo e de munições no Distrito Federal. A medida do juiz atende a pedido da equipe de transição do governo Lula e visa aumentar a segurança para a cerimônia de posse do petista.

A restrição valerá entre as 18h (de Brasília) desta quarta-feira (28) e a segunda-feira (2). A medida atinge colecionadores, atiradores e caçadores.

De acordo com Moraes, quem desrespeitar a determinação nesse período deverá ser autuado em flagrante por porte ilegal de arma.

A suspensão de Alexandre de Moraes ocorreu quatro dias após o bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa ser autuado em flagrante por terrorismo. Ele confessou ter montado um explosivo que foi instalado em um caminhão de combustível, perto do Aeroporto de Brasília, no último sábado (24).

Bolsonaro viaja aos EUA para não passar faixa a Lula

A três dias do fim de seu mandato, o presidente Jair Bolsonaro (PL) deve deixar o Brasil nos próximos dias e embarcar rumo a Orlando, na Flórida, segundo informações do “Estadão”. Com isso, não irá passar a faixa presidencial a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que venceu as eleições em outubro. 

De acordo com a publicação do jornal, aliados de Bolsonaro disseram que o presidente avaliava fazer, antes de decolar, um pronunciamento à nação. No entanto, foi aconselhado que abortasse a ideia, por conta do “risco jurídico” de incendiar manifestações de extremistas, já que desde o final de outubro, quando o pleito deu vitória à Lula, apoiadores de Bolsonaro contestam as eleições e cobram um golpe de Estado para que o atual presidente permaneça no poder. 

Ainda, um conselheiro próximo e amigo do presidente avaliou que Bolsonaro perdeu o timing e que agora seria melhor deixar para mandar mensagens a seus apoiadores após a posse de Lula. Segundo ele, o discurso do presidente pode lhe trazer problemas com a Justiça, se provocar uma mobilização ainda maior de bolsonaristas. Na última semana,  parte deles se envolveram, inclusive, em tentativas de provocar explosões.

Ao mesmo tempo, caso se pronuncie com tom mais ameno, o auxiliar presidencial disse temer que Bolsonaro decepcione e desmobilize seus seguidores.