
Os finalistas da categoria Melhor assessora do ano do Prêmio ABAI 2025 compartilham histórias que refletem dedicação, trajetória sólida e impacto no mercado. A seguir, conheça um pouco mais sobre Carolina da Silva Pinto Fernandes e os demais profissionais que se destacaram neste ano.
Com mais de 20 anos de experiência, Carolina Fernandes tem um a trajetória construída entre banco de varejo e escritório de alta performance na XP. Ao longo da sua trajetória auxiliou na formação de diversos profissionais, ao ministrar treinamentos desde desempenho e preparatórios para as certificações exigidas para atuação com investimentos.
Como assessora, sua principal característica é a habilidade em gerar conexões com uma comunicação clara e direta focada nos objetivos dos clientes, com visão humana, eficiência e responsabilidade financeira.
Confira a entrevista na íntegra:
O que significa, para você, representar e inspirar mais mulheres nesse mercado ainda predominantemente masculino?
Significa mostrar que competência, resultado e sensibilidade podem caminhar juntos. Quero que outras mulheres vejam que há espaço para liderar, influenciar decisões patrimoniais importantes e transformar a vida das pessoas através da educação financeira.
Quais barreiras você precisou quebrar ao longo da sua trajetória?
Ao longo da minha trajetória, precisei superar a ideia de que respeito se conquistava apenas com rigidez ou com a reprodução de posturas já consolidadas no mercado. Com o tempo, entendi que meu diferencial estava justamente no contrário: em ouvir com profundidade, comunicar com transparência, entregar com consistência e sustentar relações de confiança.
Como você integra performance, protagonismo e educação financeira no seu trabalho?
Para mim, performance não começa na escolha do investimento, começa na compreensão da pessoa. Meu trabalho é ser especialista no cliente: entender história, valores, tempo, medos e ambições. Quando essa escuta é verdadeira, o protagonismo nasce naturalmente, porque o plano financeiro deixa de ser uma recomendação genérica e passa a ser uma construção conjunta, com sentido e direção. A educação financeira, então, não é uma aula técnica, mas um processo de consciência: ajudar cada pessoa a enxergar que ela é autora das próprias escolhas e da evolução do seu patrimônio.
Que mudanças você gostaria de ver no setor para ampliar a presença feminina na assessoria?
Gostaria de ver um movimento mais intencional para ampliar a presença feminina na assessoria porque a mulher assessora não representa apenas diversidade; ela transforma a dinâmica das decisões financeiras. Algumas investidoras ainda delegam ao marido ou a um familiar escolhas que impactam diretamente sua própria história. Quando elas encontram outra mulher conduzindo essa conversa, elas se sentem autorizadas a ocupar esse lugar, a perguntar, entender, decidir.
Além disso, mulheres como assessoras têm uma capacidade natural de conexão, escuta e leitura de contexto, o que fortalece vínculos e gera relações de longo prazo. Ampliar a presença feminina não é apenas inclusão; é estratégia de crescimento e de evolução da maturidade financeira no país.