SEC

Musk é investigado por suposta fraude com ações do Twitter

Os reguladores já chegaram a acusar o empresário de fraude por uma possível compra que nunca ocorreu

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Foto: Divulgação

A SEC, regulador norte-americano equivalente à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), está investigando a divulgação tardia de compras de papéis do Twitter negociados nos EUA por Elon Musk, CEO da Tesla (TSLA34) e do X (antigo Twitter), antes de ele adquirir a companhia.

Trechos do depoimento de Musk fornecido à SEC, que só vieram à tona em maio através de um processo separado, dão a entender que o bilionário e seu assessor não seguiram uma regra que exigia que ele revelasse sua participação assim que superasse 5% das ações do Twitter.

Os reguladores já chegaram a acusar o empresário de fraude por uma possível compra que nunca ocorreu. Agora, as alegações se assemelham a uma transação que de fato aconteceu.

Musk e seu assessor mais próximo nas transações não procuraram aconselhamento jurídico, conforme informações do “Valor”, sobre como atender à regra, ao passo que elevaram sua participação na companhia, apesar de o assessor ter dito ao banco que eles haviam buscado orientação jurídica.

Musk deixou para divulgar sua participação quando superou os 9% das ações e tinha uma oferta para assumir uma cadeira no conselho da empresa, como foi exposto através de documentos judiciais.

Musk é acusado de usar informações da Tesla (TSLA34) para lucro próprio

O investidor da Tesla (TSLA34), Michael Perry, acusou Elon Musk de usar informações privilegiadas da companhia para vender mais de US$ 7,5 bilhões em ações da organização no final de 2022.

Segundo Perry, Musk explorou sua posição como CEO da fabricante de automóveis e violou deveres fiduciários.

O investidor alegou que o bilionário tinha informações confidenciais sobre a queda das entregas e produção da empresa no quarto trimestre de 2022, quando Musk vendeu cerca de US$ 7,530 bilhões em ações.

De acordo com o processo, se Musk tivesse vendido os papéis após o anúncio da queda de entrega ao público, as vendas teriam rendido 55% menos que o valor obtido com a operação. Com isso, como antecipado pelo “Money Times”, o bilionário lucrou, supostamente, US$ 3 bilhões com a liquidação dos ativos.