Investigação

Gusttavo Lima e Bets: veja alegações da polícia para indiciar o cantor

O artista foi indiciado, no último domingo (29), pela Polícia Civil de Pernambuco por lavagem de dinheiro e organização criminosa

Gusttavo Lima
Foto: reprodução/Instagram (@gusttavolima)

O cantor Gusttavo Lima foi indiciado, no último domingo (29), pela Polícia Civil de Pernambuco por lavagem de dinheiro e organização criminosa. De acordo com a TV Globo, as investigações no âmbito da Operação Integration apontam uma conexão entre o artista e uma família de bicheiros ligada à empresa de apostas online (bets) Vai de Bet.

Entre os indícios apontados pela polícia, a venda de aviões do cantor a empresários ligados a jogos ilegais e investigados por esquema de lavagem de dinheiro chamou atenção.

Uma aeronave da Balada Eventos, pertencente ao cantor, foi supostamente vendida duas vezes, entre 2023 e 2024. Segundo a TV Globo, a primeira compra, de US$ 6 milhões, foi feita pela Sports Entretenimento, que pertence a Darwin Henrique da Silva Filho, que seria de uma família de bicheiros do Recife.

Darwin se desfez do avião dois meses após a compra, alegando problemas técnicos. Segundo a polícia, o contrato e o distrato foram emitidos no mesmo dia, 25 de maio de 2023, mais de um mês antes de laudo apontar falha mecânica no avião.

De acordo com a polícia, a segunda venda foi realizada sem que nenhum laudo comprovasse o reparo no avião. Além disso, a transação envolveu um helicóptero que também era da empresa de Gusttavo Lima e já tinha sido comprado por outra empresa de Rocha Neto. Na negociação, o helicóptero voltou para o cantor.

À emissora, os advogados de Gusttavo Lima negaram que o ator conheça Darwin Filho.

Notas fiscais e cofre foram encontrados na empresa de Gusttavo Lima

Além disso, as autoridades encontraram 18 notas fiscais encontradas na sede da Balada Eventos que, juntas, somam R$ 8 milhões. As notas teriam sido emitidas por uso de imagem e voz do cantor para a PIX365 Soluções, que seria a Vai de Bet, de acordo com a polícia.

O que chamou atenção foram as emissões de forma sequencial, no mesmo dia, e em valores fracionados por outra empresa do cantor, a GSA Empreendimentos.

À TV Globo, a defesa do cantor alegou que os valores foram declarados e os impostos pagos. Já a defesa do responsável pela PIX365, José André da Rocha Neto, disse que as notas sequenciais são pela prestação de serviço do cantor à Vai de Bet.

A polícia considera também que um cofre com notas de dólares, euros e reais que somavam R$ 150 mil é mais um indício de lavagem de dinheiro. Ele foi encontrado e apreendido na sede da Balada Eventos. Segundo a TV Globo, a defesa de Gusttavo Lima alega que o dinheiro seria destinado ao pagamento de fornecedores.