O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi indiciado pela PF (Polícia Federal), junto com alguns dos principais membros da cúpula de seu governo por envolvimento na suposta tentativa de golpe de Estado.
Bolsonaro governou o País entre 2019 e 2022. A PF o indiciou pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de estado e organização criminosa.
Além do ex-presidente, também foram indiciados os generais Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); e Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice-presidente da República nas eleições de 2022.
Todos os indiciamentos aconteceram no âmbito do inquérito que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado no final de 2022, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter vencido as eleições.
O relatório final da PF tem mais de 800 páginas. O documento foi finalizado na tarde desta quinta-feira (21) e encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Há indícios de que Bolsonaro sabia de plano para matar Lula, diz PF
O relatório final do inquérito da PF (Polícia Federal), que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil deve incluir indícios de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sabia do plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Esse relatório pode ser encaminhado ainda nesta quinta-feira (21) ao STF, segundo informação inicial da “CNN Brasil”. Os indícios de que Bolsonaro tinha “pleno conhecimento” da trama golpista com objetivo de “eliminar” Lula, Alckmin e Moraes, são fortes, segundo a PF.
Bolsonaro deve ser indiciado pela PF por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
A organização também deve pedir o indiciamento de outros personagens centrais do governo Bolsonaro, como o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa Walter Braga Netto, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno e o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira.
A PF deve indiciar mais de 40 pessoas, segundo o veículo de notícias. Quando a organização entregar o relatório ao STF, será responsabilidade da Corte definir se derruba ou não o sigilo do documento.
O inquérito deve ser repassado pelo ministro Alexandre de Moraes ao procurador-geral da República, Paulo Gonet. Então, caberá ao chefe do MPF (Ministério Público Federal) decidir se apresenta ou não uma denúncia criminal contra os envolvidos.