O mercado de assessores de investimentos tem demonstrado um crescimento exponencial no país nos últimos tempos. De acordo com o relatório da ANCORD (Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias), o número de assessores de investimentos em 2015 era de 4.565. No mesmo período de 2025, a quantidade de profissionais alcança 27.781, um aumento de mais de 500% nos últimos dez anos.
Com o objetivo de valorizar estes profissionais e escritórios que se dedicam dia após dia para transformar o mercado de assessoria no Brasil, através de inovação, conhecimento técnico, excelência e relacionamento com os investidores, a ABAI (Associação Brasileira dos Assessores de Investimentos) criou o Prêmio ABAI – Melhores da Assessoria 2025. A iniciativa é realizada pelo BP Money, B3 e pela ANCORD.
Segundo o diretor-geral da ANCORD, José David Martins Junior o número de assessores tem crescido, devido a uma “nova postura dos investidores”. Para ele, “os investidores buscam cada vez mais diversificar suas carteiras. Clientes têm se tornado mais exigentes e preferindo um atendimento mais personalizado e adequado com sua realidade”, cita.
De acordo com o relatório mensal da entidade, o número (27.781) indica um crescimento de 6,3% em relação ao mesmo período de 2024. No acumulado do ano até junho, são 1.100 novos profissionais incorporados ao mercado, com presença em todo o país.
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Concentração regional dos assessores de investimentos
A região Sudeste concentra a maior parte dos assessores, com 61,8%, seguida pela região Sul (24,1%), Nordeste (7,3%), Centro-Oeste (5,4%) e Norte (1,3%). O diretor-geral da ANCORD também comentou sobre como o avanço digital e o atendimento remoto contribuíram para alcançar regiões menos atendidas.
“Existem profissionais em todo o território nacional. Porém, é concentrada no eixo Rio-SP. Nós da ANCORD junto com a FGV (Fundação Getúlio Vargas) criamos um projeto em 2021, que possibilita que o interessado em seguir na área possa realizar o exame de certificação remotamente. Isso colaborou com o crescimento em regiões mais distantes do eixo Rio-SP”, disse.
Projetando o futuro do assessor de investimentos nos próximos 5 a 10 anos, Martins Junior prevê um futuro cada vez mais abrangente e cita o interesse do jovem na profissão. “Nossa percepção é de constante evolução. Teremos cada vez mais assessores ocupando espaços, teremos novos escritórios chegando. Além de tudo, essa profissão tem despertado cada vez mais a atenção de muitos jovens. A faixa etária de pessoas entre 18 e 25 anos que são assessores de investimento, está na casa dos 13% e a tendência é crescer mais ainda”, expressa o diretor-geral.
