Foto: Ibovespa/CanvaPro
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O Ibovespa fechou a sessão desta quarta-feira (8) com alta de 0,56%, aos 142.145 pontos, depois de registrar sua maior queda em quase dois meses. O setor financeiro puxou a alta do principal índice acionário brasileiro, que na véspera teve um forte deslize. Os investidores acompanham ainda o impasse entre o Governo e o Congresso acerca da votação da MP (Medida Provisória) 1303.

A medida provisória segue influenciando no índice, caso a proposta não seja aprovada ainda nesta quarta-feira (8) pela Câmara e pelo Senado, perderá a validade, mantendo as incertezas fiscais sobre o governo.

Noutro giro, caso seja aprovada nas duas Casas, a medida pode afetar negativamente os investimentos, pois a MP eleva a alíquota de IR (Imposto de Renda) para uma gama de produtos, sobretudo para a renda fixa

O presidente Lula se reuniu com Fernando Haddad, líder da pasta econômica, para recompor a base e garantir a votação da medida, em meio a sinais de que o texto pode não ser aprovado nesta quarta-feira.

O deputado e relator da proposta na Câmara, Carlos Zarattini (PT-SP) reconheceu que há “disputa” e afirmou que “não tem mais nada para dar para o agro”, em referência às concessões já feitas à bancada ruralista.

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), chegou a falar em “sabotagem” e “irresponsabilidade fiscal” de quem trava a tramitação da medida.

Anderson Silva, head da mesa de renda variável e sócio da GT Capital, acredita que “o problema para o nosso mercado não andar mais não está nos resultados das empresas, mas nas incertezas dos investidores.”

Em relação ao câmbio, o dólar comercial registrou uma estabilidade puxada levemente para baixo de 0,12%, cotado a R$ 5,344. Durante o dia, a moeda americana oscilou entre R$ 5,358 e R$ 5,344. O gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, com alta de 0,26%, aos 98,835 pontos.

Maiores altas e maiores quedas

O pregão da B3 fechou com a Ultrapar (UGPA3) liderando as maiores altas do índice, com aumento de 5,54% no valor das ações. Em seguida,  a B3 (B3SA3) anotou uma alta de 3,43%. O BTG Pactual (BPAC11) e a RD Saúde (RADL3) fecham a lista verde do pregão com avanço de 3,04% e 2,87%, respectivamente. 

Já no campo negativo, a Hypera Pharma (HYPE3) encabeça a lista com desvalorização de 5,02%. Na sequência, a Brava Energia (BRAV3) aparece, com queda de 3,10%. A Suzano (SUZB3) e a Minerva (BEEF3) fecham a lista com 2,17% e 1,79%, respectivamente. 

Variações por setor

O setor petrolífero fechou a sessão no sinal vermelho. As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) recuaram 1,00% e 0,58%, respectivamente. A PetroRio (PRIO3) caiu 0,24% e a PetroRecôncavo (RECV3) teve forte queda de 1,61%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 0,77%, a Gerdau (GGBR4) registrou forte avanço de 1,98%, a Usiminas (USIM5) manteve-se estável e a CSN Mineração (CMIN3) teve leve queda de 0,18%.

No setor bancário, o Itaú (ITUB4) e o BTG Pactual fecharam com alta de 0,19% e 3,04%, respectivamente. O Bradesco acompanhou as altas e cresceu 1,61% na sessão. Já o Banco do Brasil (BBAS3) e o Santander (SANB11) apontaram uma desvalorização de 0,42% e  0,21%, respectivamente.

Entre as varejistas, o Magazine Luiza (MGLU3) subiu 1,22% no dia, a Lojas Renner (LREN3) registrou alta de 1,77%, a Vivara (VIVA3) avançou 0,85% e a C&A (CEAB3) valorizou 1,72%.

Índices dos EUA

As principais bolsas de Wall Street terminaram o dia no verde. Os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,58% e 1,12%, respectivamente. O índice Dow Jones, porém, manteve-se estável e não apresentou nenhum acréscimo na bolsa