Aéreas

BNDES: Mercadante apoia crédito para aéreas via fundo garantidor

"Tem de analisar bem qual é a demanda de crédito, o que é realmente indispensável", disse o presidente do BNDES.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante (PT), declarou nesta quinta-feira (29) que a instituição pode ofertar crédito para companhias aéreas brasileiras, sob a condição de um fundo garantidor com capital da União.

“Essas empresas [aéreas] vinham bem até a pandemia, e no pós-pandemia vão bem em faturamento, número de passageiros e viagens, mas aviões ficaram no chão [na pandemia] tendo que pagar taxas, profissionais e leasing. Tudo isso impactou”, disse Mercadante, de acordo com informações do “InfoMoney”.

“Quem define qual é o tamanho do fundo garantidor é o Ministério da Fazenda, é o governo. Tem de analisar bem qual é a demanda de crédito, o que é realmente indispensável, essencial, para que a gente possa entrar”, acrescentou, conforme exposto pela Folha de S. Paulo.

As companhias aéreas pressionam o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para receberem algum suporte após a crise da pandemia da Covid-19.

Em meados de janeiro de 2024, a Gol (GOLL4) entrou com pedido de recuperação judicial nos EUA, ela tem negociado termos mais flexíveis e conseguiu postergar por mais 30 dias a devolução de suas aeronaves

Já a Azul (AZUL4), recentemente, reestruturou sua dívida com credores, enquanto a Latam Airlines (OTCMKTS: LTMAY) entrou em recuperação judicial, também nos EUA, durante a crise sanitária. 

“Há várias discussões em andamento, esperando uma decisão para se encontrar o caminho eficiente para poder oferecer crédito”, afirmou Mercadante.

BNDES: crédito para indústria é dobrado e atinge pico desde 2014

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) registrou uma significativa duplicação na aprovação de crédito para a indústria em 2023, alcançando o maior volume em operações diretas desde 2014, com um montante de R$ 26 bilhões. 

Embora esteja abaixo dos R$ 48 bilhões aprovados no ano, o CEO da Inteligência Comercial, Luciano Bravo, destaca a importância desse avanço. “Os números mostram a volta do BNDES à agenda industrial. O banco é um ator chave da política de neoindustrialização, que é prioridade no governo”, comenta, alinhado à visão de José Luis Gordon, diretor de desenvolvimento produtivo, inovação e comércio exterior do banco.

O aumento expressivo nas operações, abrangendo projetos de expansão produtiva, economia verde, exportação e inovação, foi comemorado pelo setor industrial como uma mudança positiva em relação ao período de 2015 a 2022.