O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou nesta quarta-feira (27) que Campos Neto, presidente do BC (Banco Central), cometeu um arro ao ignorado o governo em relação à articulação da PEC da autonomia financeira autarquia no Congresso Nacional.
Haddad afirmou que a movimentação polícia do presente do BC não foi bem vista pelo governo e que “não é menos importante” por ser “questão de protocolar”.
“Eu fui o promotor da aproximação do Roberto com o governo, em geral, e com o presidente da República, em particular. Eu penso que, em se tratando da Constituição do país, haveria uma conversa prévia. E não houve. Foi isso o que eu disse para o Roberto”, afirmou Haddad, em entrevista à “CNN”.
Campos Neto se antecipou na negociação com senadores para que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição), que trata da autonomia orçamentária para a autarquia, avançasse. O movimento desvincula a relação do BC com o Poder Executivo, incluindo autonomia referente a condução da política monetária.
Além do “atravessamento”, o ministro declarou que não concorda com alguns dispositivos.
“Aliás, não só eu. Muita gente ouvida aqui não concorda. Precisa ser objeto de uma análise mais detida por parte de quem vai decidir”, pontuou.
Ao ser questionado se a articulação do presidente do BC havia quebrado a sua confiança, Haddad declarou que: “se a gente for levar tudo a ferro e fogo, não constrói relações”.
Além disso, o ministro destacou que não fez nenhuma crítica pessoal a Campos Neto, mas não quis validar o título de melhor Banco Central do mundo. “Tem momentos que acertou, tem momentos que não”, concluiu.
Haddad: governo lançará medidas para mercado imobiliário
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou, nesta quarta-feira (27) que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai apresentar, na próxima semana, iniciativas para estimular o mercado imobiliário brasileiro e remover obstáculos ao seu desenvolvimento.
Durante uma entrevista concedida à rádio Itatiaia, de Minas Gerais, Haddad afirmou que as medidas planejadas visam estabelecer um mercado secundário de títulos imobiliários mais robusto, o que pode impulsionar as operações, embora ele não tenha fornecido informações detalhadas sobre as iniciativas.
“Nós vamos tomar medidas, na semana que vem, que vão destravar esse mercado imobiliário. Vamos criar um mercado secundário de títulos imobiliários muito robusto, para fazer com que o crédito imobiliário rode no Brasil e possa ser multiplicado por muitas vezes”, afirmou Haddad.