Costes vão desacelerar

BC: analistas dizem que pode haver corte adicional de 0,50 p.p

Analistas apontam que deve haver um ritmo mais desacelerado nos cortes da taxa de juros.

Foto: Flickr/Banco Central
Foto: Flickr/Banco Central

Mesmo com o corte de 0,50 p.p (ponto percentual) na taxa de juros anunciado pelo BC (Banco Central) na véspera, economistas declararam, nesta quinta-feira (21), que mantêm a crença de que a instituição possa anunciar um novo corte de meio ponto percentual.

Entretanto, alguns analistas acreditam que o novo “guidance” eleva a probabilidade de o BC desacelerar o ritmo de flexibilização monetária.

“Num geral, faz sentido aumentar os seus graus de liberdade, dada a fase do ciclo de afrouxamento e a maior incerteza (…) Apesar da orientação futura, não esperamos uma alteração na flexibilização total ou um abrandamento do ritmo”, disseram, ao “InfoMoney”, Natacha Perez, economista para o Brasil, e David Beker, chefe de economia e estratégia para o Brasil, do Bank of America.

Eles esperam uma taxa Selic terminal de 9,50%.

“Cabe destacar que o Comitê sinalizou que o cenário-base não se alterou substancialmente, dando a entender que o atual plano de voo ainda pode ser executado”, sinalizou a equipe macroeconômica da Genial Investimentos. A expectativa é a manutenção do corte de 0,50 p.p nas próximas reuniões e uma redução final de 0,25 p.p em julho, para 9,5%.

O economista-chefe do Itaú (ITUB4), Mário Mesquita, seguiu a mesma perspectiva: “o Copom afirmou que seu cenário não mudou e manteve sua projeção de inflação para 2025. Isso sugere, pelo menos no momento, uma taxa terminal inalterada”, apontou, estimando os juros em 9,25% no final de 2024.

O BC disse, em comunicado, que em seu cenário de referência, a projeção para inflação se mantém em 3,5% para 2024 e 3,2% para 2025.

Parte dos economistas sinaliza que o contexto aponta para um ritmo mais desacelerado de cortes, o que pode levar a eventuais aumentos nas projeções das grandes empresas financeiras para a Selic.

A equipe do relatório divulgado pelo Santander (BCSA34), liderada por Ana Paula Vescovi, declarou que: “a nosso ver, a mudança na orientação aumentou a dependência de dados tanto para as futuras decisões de cortes de taxas do Copom quanto para sua orientação”.

BC do Brasil ganha título de ‘Banco Central do Ano’

BC (Banco Central) do Brasil venceu na categoria “Banco Central do Ano” do Central Bankings Awards 2024, da Revistra Central Banking.

É a quarta vez que o BC do Brasil recebe a premiação do Central Banking. Em 2023, o BC venceu a categoria “Melhor Gestor de Reservas”, enquanto, em 2020, venceu duas categorias: gerenciamento de riscos e melhor site de banco central.

Em 2019, o Banco Central do Brasil ganhou o prêmio de Best Sandbox Initiative, com apoio ao desenvolvimento de protótipos de sandbox atendendo a regulamentos completos já de partida.

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