O governo federal pretende desembolsar R$ 20 bilhões para renovar o parque de usinas térmicas a carvão mineral. O plano é que o investimento nessas operações seja feito nos próximos dez anos. O carvão é uma das fontes mais poluentes de matriz energética, afastando um possível financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A estatal já afirmou que está fora deste investimento, afirmando que a instituição só apoiará energia limpa e que, até segunda ordem, não pretende colocar nenhum centavo naquele que é um dos principais programas energéticos do governo federal.
O Ministério de Minas e Energia (MME) afirma que a decisão do banco a respeito dos planos de renovação do parque de usinas térmicas a carvão, que anunciou em agosto, teria relação com a definição de “prioridades” de investimento, devido à “restrição de recursos” financeiros do banco.
A última usina a carvão mineral financiada pelo BNDES recebeu recursos em 2015. No ano seguinte, o banco resolveu vetar repasses para esse tipo de projeto. Neste ano, o posicionamento foi formalmente definido pela diretoria do banco, para apostar em projetos menos poluentes.