Economia

Produção industrial dos EUA apresenta alta de 0,4% em agosto 

A indústria foi prejudicada por uma queda de 5% na produção de veículos automotores e peças, segundo o Fed

A produção industrial dos EUA apresentou uma alta 0,4% em agosto frente ao mês julho, de acordo com os dados publicados nesta sexta-feira (15) pelo Federal Reserve (Fed)

Nesse sentido, o resultado superou a expectativa de analistas. Uma vez que, o consenso Refinitiv previa uma alta de 0,1% em agosto. Sendo assim, a produção industrial total em agosto ficou 0,2% acima do nível do ano anterior.

A taxa de utilização da capacidade instalada, por sua vez, aumentou 0,2 ponto porcentual em agosto nos EUA, avançando para 79,7%.

Além disso, o Fed revisou dados da produção de julho, de ganho de 1% para acréscimo de 0,7% ante o mês anterior, bem como a taxa de utilização da capacidade, de 79,3% para 79,5%.

De acordo com o Fed, a leitura de agosto para a indústria foi impactada por uma queda de 5% na produção de veículos automotores e peças. No entanto, o índice da mineração subiu 1,4% e o índice dos serviços públicos avançou 0,9%.

CPI nos EUA acelera para 0,6% em agosto

Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos EUA registrou uma alta de 0,6% em agosto, após alta de 0,2% tanto em junho como em julho, de acordo com os dados com ajuste sazonal divulgados nesta quarta-feira (13) pelo Departamento do Trabalho americano. 

Sendo assim, a inflação ficou em 3,7% no acumulado em 12 meses. Os analistas estimavam uma alta de 0,6% na leitura mensal e inflação de 3,6% em 12 meses.

O principal destaque foi a forte alta nos preços da gasolina de 10,6%, resultado da cotação do preço do barril de petróleo que aumentou quase 5% em agosto, chegando próximo a US$ 90.

“Isso também acabou afetando toda a cadeia ligada a transportes. Contudo, já é possível notar uma desaceleração relevante nos preços de serviços, moradia e alimentos quando olhamos para o acumulado de 12 meses”, destacou o economista da Suno Research, Rafael Perez. 

O núcleo da inflação, que desconsidera as variações de alimentos e energia, subiu 0,3% no mês e 4,3% nos últimos 12 meses até agosto. Em julho, a taxa acumulada estava em 4,7%.

As medidas de núcleo ficaram um pouco acima das projeções: o consenso previa variação mensal de 0,2% e anual de 4,3%. No mês, a inflação da habitação (shelter) subiu 0,3%, no 40º mês consecutivo de alta. O índice de energia avançou 5,6% em agosto, com o aumento de todos os principais componentes.