Green Energy Report

União Europeia fecha parceria com governo brasileiro para construir usina de H2V no Piauí

Planta receberá investimento global de 2 bilhões de euro

A União Europeia vai investir 2 bilhões de euros para construir no Brasil uma usina para produção de hidrogênio verde e amônia. A iniciativa é fruto de uma parceria com o governo brasileiro e faz parte da expansão de projetos dentro do PNH2 (Programa Nacional de Hidrogênio).

Segundo anunciou a presidente da UE, Ursula von der Leyen, a usina será instalada no litoral do Piauí, na Zona de Exportação de Parnaíba (ZPE). A expectativa é que o projeto no Brasil seja um dos maiores do mundo em hidrogênio verde.

O projeto no Brasil será um dos maiores do mundo em Hidrogênio Verde (H2V). “Faz parte de um investimento global de dois bilhões de euros na cadeia do hidrogênio no Brasil. Este novo parque de energia verde terá uma instalação de produção de 10 gigawatts de hidrogênio limpo e amônia”, disse Ursula.

“O hidrogênio limpo e amônia serão então enviados para a ilha de Krk, na Croácia. A partir daí, o hidrogênio viajará para servir compradores industriais no sudeste da Europa e, paralelamente, este projeto criará empregos locais e cadeias de valor no Brasil”, acrescentou a presidente do UE.

As obras estão previstas para iniciar no final de 2024, pela empresa europeia Green Energy Park (GEP). O começo das operações está previsto para 2026. A usina deve aproveitar a estrutura do Porto de Luís Correia para exportar o hidrogênio.

Brasil em destaque na pauta

Projeções atuais posicionam o Brasil com o menor custo de produção de hidrogênio de baixa emissão e derivados. O país já possui cerca de US$30 bilhões em projetos anunciados de hidrogênio de baixa emissão de carbono.

O país tem grande potencial de produção e no mercado de hidrogênio de baixa emissão de carbono, e se mostra protagonista na transição energética. O Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) é uma das peças chave do MME para compor um portfólio de ações, programas e iniciativas de uma Política Nacional de Transição Energética.

A energia limpa, segura e competitiva como fator de crescimento econômico e adensamento industrial e tecnológico coloca o Brasil como o grande celeiro mundial da transição energética, em função das potencialidades que o país possui.