Binance adquire FTX, que vive “crise de liquidez”

Changpeng ‘CZ’ Zhao, presidente da plataforma de criptomoedas Binance, anunciou nesta terça-feira (8), pelo Twitter, que a empresa adquiriu a corretora de criptos FTX, que vive uma “crise de liquidez”, segundo o post. 

Zhao disse na postagem que foi procurado pela FTX, em função de “uma crise de liquidez significativa”. 

“Para proteger os usuários, assinamos uma LOI [carta de intenção, em inglês] não vinculativa, com a intenção de adquirir totalmente a plataforma FTX.com e ajudar a cobrir a crise de liquidez”, informou. 

Ainda, ele apontou que irão realizar um DD, due diligence, processo de estudo, análise e avaliação detalhada das de uma empresa que será adquirida ou incorporada.

CZ afirmou ainda que se trata de “uma situação altamente dinâmica”, e que estão avaliando em tempo real. Ainda, ressaltou que “a Binance tem o poder de desistir do negócio a qualquer momento”. 

“O FTT [token nativo da FTX] deve ficar altamente volátil nos próximos dias à medida que as coisas se desenvolvem”, finalizou.

Também em seu perfil no Twitter, Sam Bankman Fried, dono da FTX, confirmou a operação. “Chegamos a um acordo sobre uma transação estratégica com a Binance. Nossas equipes estão trabalhando para limpar o backlog de retiradas [solicitação de saques] atual. Isso eliminará a crise de liquidez”, ressaltou Fried. 

“Esta é uma das principais razões pelas quais pedimos à Binance para entrar. Pode demorar um pouco para resolver e pedimos desculpas por isso”, afirmou no post.

O dono da FTX também ressaltou que, no momento, o importante mais é que os clientes estejam protegidos. 

Ainda, Fried agradeceu CZ pelo “socorro”. “CZ fez e continuará fazendo um trabalho incrível de construir o ecossistema global de criptomoedas e criar um mundo econômico mais livre”, afirmou.

“Eu sei que houve rumores na mídia de conflito entre nossas duas exchanges, no entanto, a Binance mostrou repetidamente que está comprometida com uma economia global mais descentralizada, enquanto trabalha para melhorar as relações da indústria com os reguladores”, acrescentou Fried, finalizando que “estão nas melhores mãos”.