Tensão no Oriente Médio

Hamas diz estudar proposta de Israel para possível cessar-fogo

O Hamas anteriormente insistia em um cessar-fogo permanente e a retirada completa das tropas de Israel, condições rejeitadas por Israel.

Hamas estuda cessar-fogo (Foto:unsplash)
Hamas estuda cessar-fogo (Foto:unsplash)

O Hamas comunicou neste sábado que irá analisar uma proposta de cessar-fogo em Gaza apresentada por Israel.

No dia anterior, uma delegação do Egito chegou a Israel para tentar mediar as negociações e evitar uma eventual ofensiva terrestre em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Os detalhes da proposta não foram divulgados.

Anteriormente, o Hamas insistia em um cessar-fogo permanente e na retirada completa das tropas de Israel, condições que foram rejeitadas por Israel.

Neste sábado (27), pelo menos três bombardeios atingiram Rafah, que abriga uma grande parte dos refugiados que fugiram da guerra em outras áreas do território e é considerada por Israel como um reduto do Hamas.

Com a continuação dos combates e o aumento do número de vítimas, cresce também a pressão internacional por uma trégua entre o Hamas e Israel.

Petróleo pode subir até 75% com guerra, diz Banco Mundial

A possibilidade de um agravamento da guerra entre Israel e Hamas pode levar a um aumento de até 75% no preço do barril de petróleo, de acordo com estimativas divulgadas nesta segunda-feira (30) pelo Banco Mundial.

A instituição financeira traçou três possíveis cenários sobre os desdobramentos do conflito.

Na pior das hipóteses, o valor do barril pode alcançar uma máxima histórica de US$ 150 caso a guerra se transforme em um conflito de proporções ainda maiores nos próximos meses e se alastre pelo Oriente Médio.

Esse cenário de “grande perturbação”, diz o Banco Mundial, seria comparável aos efeitos do embargo petrolífero árabe realizado há 50 anos, em 1973, ano da Guerra do Yom Kippur.

Nesse caso, poderia haver uma redução do fornecimento global de petróleo entre 6 milhões e 8 milhões de barris por dia, o que elevaria os preços para algo entre US$ 140 e US$ 157 o barril, uma alta de 75%.

“Os preços mais elevados do petróleo, se forem sustentados, significam, inevitavelmente, preços mais elevados dos alimentos”, afirma Ayhan Kose, economista-chefe adjunto do Banco Mundial. “Se um grave choque nos preços do petróleo se materializar, isso elevaria a inflação dos preços dos alimentos, que já vem subindo em muitos países em desenvolvimento.”