BC: Bruno Serra conclui mandato e Rodolfo Fróes deve substitui-lo

O direto de política monetário do Banco Central, Bruno Serra, se despediu do cargo nesta segunda-feira (27)

O diretor de Política Monetária do BC (Banco Central), Bruno Serra, se despediu, nesta segunda-feira (27), do cargo que ocupa desde 2021. O mandato terminou no dia 28 de fevereiro, mas Serra permaneceu interinamente até que o substituto fosse escolhido. A exoneração saiu oficialmente nesta manhã.

O novo diretor do BC pode ser Rodolfo Fróes, indicação de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, e aprovado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Os nomes dos indicados ainda precisam passar pela avaliação da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. O plano era anunciar os novos diretores após a viagem de Lula à China, mas o presidente foi diagnosticado com pneumonia leve e não poderá viajar.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, divulgou nota agradecendo a Serra pelos serviços prestados. “Em nome do Banco Central, o presidente Roberto Campos Neto agradece ao diretor Bruno Fernandes pelos relevantes serviços prestados ao Banco Central e à Diretoria Colegiada”, diz o texto.

Já em outro cargo que ficará é o da Diretoria de Fiscalização, Rodrigo Monteiro deve suceder Paulo Souza na pasta.

Campos Neto procura Haddad para se explicar pós Copom

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, procurou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), no dia seguinte ao Copom (Comitê de Política Monetária), quinta-feira (23), para se explicar, segundo informações do colunista Lauro Jardim do O Globo.

Em decisão no segundo Copom do ano, a taxa Selic (taxa básica de juros) foi mantida a 13,75%. O comunicado não agradou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e, por conta disso, o Campos Neto quis abaixar a temperatura do ambiente.

No entanto, no documento entregue por Campo Neto, havia alguns acenos do Banco Central, em que o ministro da Fazenda não concordou. A esperança, agora, fica para a ata do Copom que será entregue na terça-feira (28). É esperado que a ata baixe o tom pesado do comunicado. Na equipe econômica, há a esperança que o próprio mercado se encarregue de pressionar Campos Neto a usar um tom mais brando.