Gramado Park obtém suspensão de pagamentos de CRI a Fortesec

Os CRIs estruturados pela Fortsec podem somar até R$237 milhões

O grupo Gramado Parks conseguiu na Justiça a suspensão do pagamento dos CRIs (Certificado de Repasses Imobiliários) para a securitizadora Fortesec, por 60 dias. A empresa abriu pedido para instauração de procedimento de mediação empresarial no CEJUSC (Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania) do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, onde, na quarta-feira (22), obteve a tutela cautelar que interrompe os pagamentos. As informações são do “Valor Econômico”.

No documento enviado à Justiça, a Gramado afirmou que os recebíveis das empresas do grupo foram apresentados como garantia das operações feitas com a Fortesec, que são depositados na conta administradora da securitizadora. Ao menos três CRIs foram estruturados pela Fortesec, segundo informações do site da empresa, as operações somam R$ 237 milhões. Os papéis foram distribuídos ao mercado.

Os certificados de recebíveis aparecem na lista de investimentos do fundo Hectare (HCTR11), que pertence ao mesmo grupo da Fortesec, conforme documento disponível na CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

A Gramado explicou no documento que estima que “sejam drenados para as contas centralizadoras da Fortesec recebíveis que somam quase R$20 milhões”, e que se usados em favor da companhia podem “fazer frente às despesas operacionais, evitando o agravamento das atividades empresariais”.

Para que os investidores dos CRI não sejam afetados, a securitizadora deve acionar mecanismos de proteção, como o fundo de reserva dos papéis, segundo fontes a par do negócio.

Americanas (AMER3) pode vender até R$ 700 milhões em ativos

A Americanas (AMER3) pode vender cerca de R$ 700 milhões em imóveis e marcas no nome do grupo. O laudo de viabilidade faz parte do plano de recuperação judicial que foi apresentado pela companhia na Justiça do Rio.

A consultoria Apsis avaliou que a Americanas tem R$ 307 milhões em imóveis e, se vendidas em “liquidação”, podem valer R$ 206 milhões. Citadas ainda como ativos que podem vir a ser usados para levantar recursos para a empresa, as marcas do grupo sob o nome da varejista valem R$ 390 milhões, mas R$ 262 milhões se vendidas da mesma forma dos imóveis.