Ibovespa encerra no menor patamar desde abril; dólar dispara 2%

Em pregão marcado pela intensa volatilidade, o Ibovespa encerrou a quarta-feira (18) em queda, pela terceira vez consecutiva. O índice chegou a ir de uma baixa de 1% para uma alta de 0,6% em poucos minutos antes da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

Com as divulgações das sinalizações do Fed, as bolsas internacionais foram à mínimas.Hoje, o Dow Jones caiu 1,08% a 34.960 pontos, o S&P 500 teve queda de 1,07% a 4.400 pontos e o Nasdaq recuou 0,89% a 14.525 pontos.

No Brasil, na última terça a Câmara dos Deputados aprovou a retirada de pauta do projeto que modifica as regras da cobrança do Imposto de Renda. 

Ainda na política, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que pediu ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, por uma retomada da reunião dos Três Poderes. Segundo Pacheco “radicalismo” e “extremismo” são ruins para o Brasil e para a democracia.

Na Ásia, em reunião ontem, o Comitê Central para Assuntos Financeiros e Econômicos da China disse que esforços devem ser feitos para encontrar um equilíbrio entre garantir um crescimento econômico estável e prevenir riscos financeiros, de acordo com a mídia estatal Xinhua.

Já na Europa, foi divulgado o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) relativo ao Reino Unido em julho, que permaneceu na comparação mensal, abaixo da expectativa de alta de 0,3% e do patamar anterior, de alta de 0,5%. A variação anual marcou 2%, abaixo da expectativa de alta de 2,3% e do patamar anterior, de 2,5%.

No mercado de commodities, o contrato futuro do minério de ferro negociado na Bolsa de Dalian registra queda de mais de 3%. O minério ampliou as perdas com um alerta da BHP, que vê probabilidade crescente de “cortes severos” da produção de aço da China este ano.

Bolsa

O Ibovespa caiu 1,07%, a 116.642,62 pontos com volume financeiro negociado de R$ 38,022 bilhões

Dólar

O dólar comercial encerrou a sessão de 1,99% a R$ 5,375 na compra e a R$ 5,27 na venda.

Ibovespa pela tarde

Às 16h22 (horário de Brasília), o principal benchmark da bolsa voltava a cair, marcando queda de 0,14% a 117.733 pontos. O dólar comercial disparava 1,79% a R$ 5,36.

Às 14h07 (horário de Brasília), o índice virava para alta de 0,12% a 118.042 pontos. O dólar comercial avançava 1,20% a R$ 5,33.

Ibovespa pela manhã

Às 10h15 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha queda de 0,46%, a 117.363 pontos. Ontem, o benchmark apagou os ganhos no ano. O dólar comercial operava em alta de 0,08% a R$ 5,27.

Nesta quarta-feira (18), o Ibovespa opera em queda a medida em que os mercados internacionais aguardam a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Abertor (Fomc, sigla em ingês). Desemepnho da bolsa brasileira reflete o novo adiamento da votação da reforma do Imposto de Renda (IR). 

Entre os destaques nacionais, a Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (17) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma eleitoral, em segundo turno, que agora segue para a análise do Senado (veja mais aqui).

Pré abertura da Bolsa

Em meio a ruídos políticos, o noticiário fiscal e a crise institucional, o Ibovespa encerrou o pregão de terça-feira (17) em queda. Apesar de ter tido um desempenho inferior às bolsas internacionais, o índice seguiu resultado negativo do exterior.

Ainda no Brasil, para evitar derrota governista na Câmara, a reforma do Imposto de Renda foi adiada. Segundo a Folha de São Paulo, os entes desejam mais R$ 18 bilhões para aprovação da medida.

Na sessão desta quarta-feira (18), os índices futuros norte-americanos operam próximos a estabilidade. Na véspera, as bolsas da região caíram devido a divulgação de indicadores econômicos que ficaram abaixo das expectativas.

Investidores dos EUA ainda monitoram os impactos geopolíticos da tomada de Kabul pelo Taliban (veja mais aqui, aqui e aqui). Ainda no radar, a ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) será divulgada nesta quarta-feira às 15 horas (horário de Brasília).

O documento deve trazer detalhes sobre o possível encerramento dos programas emergenciais da pandemia, além do nível de preocupação das autoridades monetárias em relação à inflação superior ao esperado.

As bolsas europeias operam em alta na manhã desta quarta-feira, à medida que investidores acompanham dados de inflação no continente e aguardam a ata do Fomc.

O índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 economias europeias, ficou estável.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) europeu, relativo a julho, foi divulgado. O resultado ficou abaixo da expectativa de alta de 2,3%, marcando 2% na comparação anual.

Já as bolsas asiáticas fecham com estabilidade. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,59%, após as autoridades locais prorrogarem o estado de emergência em Tóquio e em outros pontos da região até 12 de setembro.

Em reunião na véspera, o Comitê Central para Assuntos Financeiros e Econômicos da China afirmou que devem ser feitos esforços para equilibrar o crescimento econômico e prevenir riscos financeiros.

Em relação às commodities, os contratos futuros do minério de ferro negociados na Bolsa de Dalian tem queda de mais de 3%. Segundo o Infomoney, o minério ampliou as perdas com um alerta BHP, que vê um possível corte significativo da produção de aço da China em 2021.

 
Confira os principais índices à 7h28:

ÁSIA
Nikkei 225 [+0,59%]
S&P/A SX 200 [-0,12%]
Hang Seng [+0,47%]
Shanghai [+1,11%]
 
EUROPA
DAX [-0,13%]
FTSE 100 [-0,38%]
CAC 40 [-0,33%]
SMI [+0,35%]
 
ÍNDICES FUTUROS EUA
US 30 [-0,23%]
US 500 [-0,07%]
US Tech 100 [+0,11%]
US 2000 [-0,08%]
 
COMMODITIES
Ouro [+0,07%] US$ 1.788,90
Prata [+0,19%] US$ 23,703
Cobre [-0,64%] US$ 4,1798
Petróleo WTI [+0,87%] US$ 66,92
Petróleo Brent [+1,03%] US$ 69,73