Ibovespa fecha com intensa queda puxado por commodities

O dólar tinha alta de 1,30%, cotado a R$ 5,12.

O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (14) em ritmo de queda com perdas de 1,60%, aos 109.927 pontos. O dólar tinha alta de 1,30%, cotado a R$ 5,12.

Além de iniciar a semana sob pressão das ações ligadas a commodities, que sofrem forte correção em meio à queda nos preços do minério de ferro e do petróleo, a bolsa brasileira também reage, nesta segunda, à piora de humor em Wall Street.

As ações dos Estados Unidos caíam nas negociações da tarde desta segunda, lideradas por uma queda de mais de 1,5% no índice de tecnologia Nasdaq Composite, conforme investidores vendiam papéis de tecnologia e de alto crescimento e se focavam na reunião do banco central norte-americano desta semana.

O índice Dow Jones fechou com alta, porém em variação neutra, em 32.945,24 pontos. O S&P 500 (SPX) por sua vez apresentou severo recuo de 0,79% aos 4.171,20 pontos. Cenário também pessimista para a Nasdaq que recuou 2,04%, aos 12.581,22 pontos.

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda. O movimento já ocorria no início do dia, em meio a esforços diplomáticos para encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia, e se estendeu até o fim da sessão, após a Agência Internacional de Energia (AIE) solicitar que países produtores liberem mais barris a fim de conter os preços.

Desta forma, o petróleo WTI de abril encerrou a sessão com queda de 7,38%, a US$ 101,25. Já o Brent para maio apresentou um recuo levemente inferior, de 6,74%, a US$ 105,08.

No exterior, nesta segunda-feira, a aparente disposição ao diálogo entre a Rússia e a Ucrânia para uma solução para o conflito, abriu as portas para uma melhora no sentimento de risco nos mercados Europeus, a despeito da piora do cenário da pandemia na China. 

Já no cenário nacional, os investidores seguem em desconforto com a questão dos preços de combustíveis pesados, bem como a escalada da inflação às vésperas da decisão do Copom. 

Além disso, senadores e deputados federais se reúnem em sessão do Congresso Nacional para analisar 31 vetos do presidente da República em diversos temas, incluindo a privatização da Eletrobras, mas também sobre BR do Mar, Orçamento e venda direta do etanol. A sessão está marcada para acontecer na quinta-feira, às 14h.

Em pregão desfavorável para petróleo, a Vale destaca-se com pior performance, ao passo que tinha seus papéis ordinários com declínio de 5,08%.

Outro destaque negativo neste cenário de commodities vai para as ações da Petrobras, cujas ações ordinárias e preferenciais (PETR3;PETR4) caíram, respectivamente, 1,49% e 2,25%.

Ibovespa pela tarde

Às 14h35 desta segunda-feira (14), o benchmark perdia 1,45%, aos 110.091 pontos. O movimento é um reflexo da expressiva queda das commodities, com Vale (VALE3) desabando cerca de 5% após os contratos de minério de ferro na China registrarem recuo em torno de 7%. O dólar subia 1,33%, a R$ 5,120.

Índice ao meio-dia

Às 12h00 desta segunda-feira (14), o Ibovespa opera com queda de 0,59%, aos 111.055 pontos, sendo puxado por ações do setor de commodities. Os papéis desse setor têm um grande peso no índice e passaram por correções nesta manhã. Dólar avança 0,38%, a R$ 5,0730.

Os preços do minério de ferro iniciaram a semana em queda, à medida que o petróleo acelerou o seu recuo para mais de 7% no tipo Brent e WTI, em meio às esperanças em relação às negociações entre Ucrânia e Rússia.

No radar corporativo, acionistas da BR Malls podem exigir uma participação maior na Aliansce, como foi apontado pelo J.P. Morgan. A afirmação do banco vem devido a uma nova proposta da BR Malls à Aliansce para promover uma melhora nos termos econômicos da operação.

Além disso, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a compra do portfólio de medicamentos isentos de prescrição de propriedade da Sanofi pela Hypera.

Entre os maiores ganhos do Ibovespa estão a JHSF ON (JHSF3), avanço 0,37%; Santander UNIT (SANB11), alta de 1,75%; e Cielo ON (CIEL3), elevação de 0,09%. Já entre as perdas estão a Vale ON (VALE3), queda de 4,56%; CSN Mineração ON (CMIN3), recuo de 0,26%; e Bradespar PN, contração de 1,38%.

Às 11h58 o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX), da B3 (Bolsa de valores brasileira), operava com queda de 0,11%, aos 2.217 pontos. O resultado mostra que o indicador não sustentou os ganhos da manhã.
 
Como foi a abertura da Bolsa?
O Ibovespa inicia as negociações em território positivo nesta segunda-feira (14), com avanço de 0,17%, aos 111.904 pontos. A elevação ocorre à medida que os mercados ficam atentos à quarta negociação entre Ucrânia e Rússia, com uma nova tentativa de estabelecer um cessar fogo. Às 9h40, o dólar registra queda de 0,11%, a R$ 5,0486.

Vale destacar que a B3 (Bolsa de Valores brasileira) retornou ao seu horário tradicional de negociações, fechando o pregão às 17h. Além disso, entre os destaques, o Relatório Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC), elevou a projeção do IPCA para 6,45% após reajuste nos preços dos combustíveis.
 
Pré-abertura da Bolsa
Lá fora, as atenções também estão voltadas para os conflitos entre Rússia e Ucrânia que ocorrem no Leste-europeu. Intensos combates aconteceram no fim de semana em torno de Kiev (capital da Ucrânia), matando civis que não conseguiram fugir.

Os índices futuros dos EUA iniciam as negociações desta manhã com alta, em meio à espera da negociação entre Rússia e Ucrânia e o primeiro aumento, em quatro anos, da taxa de juros pelo Fed.

Os mercados europeus também avançam com mais uma tentativa de cessar-fogo na Ucrânia. Já as bolsas asiáticas fecham sem sentido definido, à medida que investidores monitoram uma nova onda de Covid-19 na China.