Foto: Ibovespa/CanvaPro
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O Ibovespa fechou a sessão desta quinta-feira (9) com queda de 0,31%, aos 141.708 pontos, impulsionado pela desvalorização de papéis das petrolíferas, que acompanharam o forte recuo global da commodity. O estopim foi a confirmação do fim da guerra entre Israel e Hamas, em Gaza, após cessar-fogo.

O preço do barril de petróleo tipo Brent, principal referência do mundo, caiu 1,55%, cotado a US$ 65,22. Isso puxou os papéis de um dos maiores pesos do Ibovespa, a Petrobras, e outras petrolíferas como a PetroRio e a Brava.

Durante o dia, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) referente ao mês de setembro avançou 0,48%, ficando abaixo das projeções do mercado (0,52%). Com o resultado, a inflação acumulada em 12 meses atinge 5,21%, ante os 5,13% de agosto.

Entre os setores que mais influenciaram na maior alta para o mês desde 2021, Habitação teve o maior impacto positivo (0,45%), puxado pelo aumento nas contas de luz após a volta da bandeira vermelha do tipo 2 e o fim do efeito do Bônus de Itaipu.

Para Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, os dados do índice do IBGE “indicam uma moderação da inflação, mas sem alterar a percepção de que a taxa Selic permanecerá elevada por mais tempo, sustentando o diferencial de juros ainda favorável ao real”, disse.

Ainda no cenário doméstico, o mercado digeriu a derrota do governo no Congresso com o arquivamento da MP 1303, alternativa ao IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), na véspera. 

Bruno Shahini ainda afirmou que “houve um ruído político após a rejeição da MP que tratava de fontes de arrecadação, mas que aumenta as incertezas sobre o equilíbrio das contas públicas.”

A respeito do câmbio, o dólar comercial subiu 0,58%, cotado a R$ 5,375. A moeda americana oscilou entre R$ 5,331 e R$ 5,375, e o gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, com alta de 0,59%, aos 99,400 pontos.

Maiores altas e quedas do pregão

O pregão da B3 fechou com a Weg (WEGE3) liderando as maiores altas, valorizando 4,79%. Em seguida, a Auren Energia (AURE3) aparece na segunda posição com alta de 3,47%. A Porto (PSSA3) e a Natura (NATU3) fecharam a lista positiva com avanços de 1,73% e 1,69%, respectivamente.

A lista vermelha é encabeçada pela Brava Energia (BRAV3), com forte desvalorização de 5,09%. Na sequência, surge a Raízen (RAIZ4) com queda de 4,35%. A MBRF (MBRF3) e a Braskem (BRKM5) fecharam a lista e caíram 4,27% e 3,98%, respectivamente.

Variações por setor

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) desvalorizaram 1,35% e 1,44%, respectivamente, durante o dia. A PetroRio (PRIO3) caiu 0,96% e a PetroRecôncavo (RECV3) teve queda de 0,65%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) registrou leve queda de 0,15%, a Gerdau (GGBR4) teve um leve aumento de 0,23%, enquanto a Usiminas (USIM5) caiu 0,68% e a CSN Mineração (CMIN3) avançou 0,70%.

No setor bancário, o BTG Pactual (BPAC11) e o Itaú (ITUB4) fecharam em leve queda de 0,06% e 0,16%, respectivamente, enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) subiu 0,33%. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com valorização de 0,53% e de 1,32%, respectivamente.

Entre as varejistas, o Magazine Luiza (MGLU3) caiu 1,32%, a Lojas Renner (LREN3) fechou em alta de 0,22%, a Vivara (VIVA3) teve queda de 0,99% e a C&A (CEAB3) acompanhou e caiu 1,17%.

Índices dos EUA

As principais bolsas de Wall Street também encerraram o dia no vermelho. Os índices S&P 500 e Nasdaq recuaram 0,28% e 0,08%, respectivamente. O índice Dow Jones também recuou 0,52%.