Ibovespa fecha em queda pelo 2º dia seguido pressionado por commodities

O dólar fechou em alta de 0,76%, a R$ 5,15. 

A bolsa de valores operou nesta terça-feira (15) em forte queda com o Ibovespa, principal indicador da B3, fechando a sessão com perdas de 0,88%, aos 108.959 pontos, em caminho oposto ao das bolsas norte-americanas. O dólar fechou em alta de 0,76%, a R$ 5,15. 

O índice segue sendo puxado pela baixa do petróleo que fechou abaixo dos US$ 100 pelo segundo dia seguido na semana. 

Em Wall Street, as bolsas nova-iorquinas fecharam otimistas, próximas das máximas do dia. A maior alta foi registrada pela Nasdaq, que fechou com ganhos de 2,92%, aos 12.948 pontos; S&P 500, por sua vez, subiu 2,15%, aos 4.262 pontos; enquanto que Dow Jones não ficou muito atrás com o avanços ao encerrar a sessão com alta de 1,82%, aos 33.545 pontos.

As principais bolsas europeias fecharam em queda nesta terça-feira, em meio às preocupações com o conflito no Leste Europeu e com o surto de coronavírus na China, o que pesou no humor do mercado.

Ao final da sessão regular, o índice pan-europeu Stoxx Europe 600 fechou em queda de 0,30%, aos 435.03 pontos. Nas bolsas, a de Londres recuou 0,32%, aos 7.170 pontos; Paris caiu 0,23%, aos 6.355 pontos; e a de Frankfurt cedeu 0,09%, aos 13.917 pontos.

Sob a perspectiva doméstica, agentes financeiros monitoram o avanço da inflação enquanto aguardam a decisão do Banco Central prevista para ocorrer nesta quarta-feira (16).

O petróleo fechou em forte baixa nesta terça, a segunda seguida nesta semana, e os contratos no mercado futuro de Nova York e Londres voltaram a operar abaixo da marca de US$ 100 por barril, após a disparada dos preços que seguiu a invasão da Ucrânia pela Rússia. 

Além da expectativa pela retomada das negociações por paz, o surto de covid-19 na China impôs incerteza sobre a demanda global e pressionou a commodity para baixo.

O barril do tipo WTI para abril finalizou o pregão com perdas de 7,08%, cotado a US$ 95,72. Já o petróleo tipo Brent para maio se desvalorizou em 7,43%, a US$ 98,96.

Nesta terça-feira (15), empresas da China continental listadas na Bolsa de Hong Kong atingiram os menores patamares desde 2008, afundando as ações chinesas para mínimas em 21 meses.

O desempenho sucede o aumento de casos de Covid-19, que ameaça as perspectivas para a segunda maior economia do mundo e reacende o temor de novos gargalos na cadeia de suprimentos global.

O destaque negativo da sessão vai para os papéis da varejista Magazine Luiza, que desabaram após resultados fracos e atingem o menor preço em quatro anos. A máxima de perdas do dia foi registrada às 15h41, quando a ação teve recuo de 9,01%, registrando o menor preço desde os últimos quatro anos, em 2018.

Além disso, a expectativa de um possível acordo entre Rússia e Ucrânia, jogou o preço do petróleo para baixo, levando a Petrobras (PETR3;PETR4) e outras petrolíferas a fechar no vermelho. Já os lockdowns na China por conta dos casos de Covid, pressionou Vale (VALE3) e siderúrgicas.

Ibovespa pela tarde

Às 14h44, o benchmark recuava 1,00%, aos 108.856 pontos. Mesmo longe das mínimas do dia, o índice registrava queda expressiva, refletindo a baixa das commodities nesta sessão. O dólar, por sua vez, subia 0,70% a R$ 5,15.

Índice ao meio-dia 

Às 12h51, desta terça-feira (15), o Ibovespa operava em queda de 0,76%, aos 109.088 pontos, com o mercado acompanhando as tensões globais, como o novo surto de covid-19 na China e a indefinição da guerra na Ucrânia. Apesar de incertezas, o principal índice da B3, se afastou das mínimas intradiárias no início desta tarde. Já o Dólar, tem leve alta de 0,008%, cotado a R$ 5,12.

Mais cedo, às 12h14, o íncide operava com queda de 1,16%, aos 108.657 pontos, uma das maiores quedas.

O preço do contrato do barril de petróleo Brent para maio recuou, próximo das 13h, 8,56%, a US$ 98,34. Já o minério de ferro teve queda.

As ações de commodities permaneceram também pressionando o Ibovespa para baixo. Entre as maiores altas, Azul PN ganhava 6,65%, Petz ON avançava 5,25%, e Natura ON ganhava 4,87%. Na outra ponta, Magazine Luiza ON perdia 6,57%, Usiminas PNA caía 4,87% e CSN Mineração recuava 4,30%.

Agentes financeiros monitoram o avanço da inflação enquanto aguardam a decisão do Banco Central na quarta-feira (16).

No exterior, a guerra chega ao seu 20°dia, marcado pelas negociações entre a Rússia e a Ucrânia, que retomarão às conversas nesta terça, depois de uma pausa. 

Além disso, os mercados aguardam a tão esperada decisão de alta de juros do banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), nesta quarta, em meio ao medo de aumento da inflação devido à guerra.

Às 12h47, o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX), da B3 (Bolsa de valores brasileira), operava em alta de 0,20%, aos 2.710 pontos. 

Como foi a abertura da Bolsa?

O Ibovespa iniciou as negociações desta terça-feira (15) com recuo de 0,87%, aos 108.970 pontos. O índice contrai enquanto os mercados voltam as suas atenções para mais uma tentativa de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia e as decisões sobre as taxas de juros pelo Copom e pelo Fed. Às 10h04 o dólar comercial avançava 0,10%, a R$ 5,1245.
 
Pré-abertura

No exterior, os índices futuros norte-americanos iniciam as negociações em queda, à medida que os mercados monitoram os desdobramentos dos conflitos entre Rússia e Ucrânia e aguardam a importante decisão do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), que sai na quarta.

É esperado que o Fed eleve sua taxa de juros em 0,25 ponto percentual. Na reunião das autoridades monetárias dos EUA, que se inicia hoje, as crescentes preocupações inflacionárias devem se destacar.