Ibovespa fecha em queda, pressionado pela incerteza no comando da Petrobras

O dólar encerra com leve queda de 1,27%, cotado a R$ 4,608

O Ibovespa fechou o primeiro pregão do mês de abril em queda de 0,24%, aos 121.279 pontos, em meio a recuo das ações da Petrobras, após incertezas sobre novo comando da estatal. Além disso, o índice seguiu a queda dos papéis dos bancos, com a notícia que o governo avalia aumentar a CSLL cobrada pelas instituições.

Os papéis PETR3 fecharam em queda de 1,02%, a R$ 34,87, já as ações PETR4 desvalorizaram 0,94%, a R$ 32,70. 

Os bancos também ajudaram a empurrar o ibovespa para baixo. Itaú (ITUB4) fechou em baixa de 0,91%, a R$ 27,29, enquanto Bradesco (BBDC4) recuou 0,43%, a R$ 21,87.

As bolsas em Nova York ganharam fôlego e encerram em alta. Dow Jones sobe 0,40%, aos 34.818 pontos, já a S&P 500 avança 0,34%, aos 4.545 pontos, enquanto a Nasdaq tem alta de 0,29%, aos 14.261 pontos.

Na Europa, os índices de ações fecharam em alta, seguindo os EUA ganhos das bolsas em Nova York, enquanto os investidores monitoram a possibilidade de novas sanções contra a Rússia.

Já as cotações do petróleo no mercado global, fecharam em alta. WTI (maio): +4,29% (US$ 103,53) e o Brent (junho): +3,30% (US$ 107,84).

No mercado internacional, a Casa Branca confirmou que anunciará novas sanções contra a Rússia, mas não confirmou o dia do anúncio.

No Brasil, o mercado começou a semana focado na Petrobras, monitorando a situação da administração da estatal, após a desistência de Rodolfo Landim, do cargo de presidente do conselho da Petrobras e de Adriano Pires, indicado para a presidência da empresa.

Ainda no radar interno, os investidores monitoraram a greve de servidores do Banco Central e o possível impacto do movimento, em especial a possibilidade de um reajuste de 5% para os servidores públicos, o que representaria mais gastos pelo governo e eleva temores de um descontrole fiscal, um cenário que favoreceria o dólar.

Dólar

O dólar fechou com leve queda de 1,27%, cotado a R$ 4,608. 

Maiores altas
Minerva (BEEF3) +3,05%;
Carrefour (CRFB3) +2,84%;
Marfrig (MRFG3) +2,77%;
Positivo (POSI3) +2,35%;
IRB Brasil (IRBR3) +2,28%

Maiores baixas
CCR (CCRO3) -3,09%;
Qualicorp (QUAL3) -2,89%;
BRF (BRFS3) -2,49%;
Magazine Luiza (MGLU3) -2,18%;
Grupo Soma (SOMA3) -1,90%

Ibovespa pela tarde

Às 14h50 (horário de Brasília), o benchmark recuava 0,43% aos 121.051 pontos. Longe de Wall Street, a bolsa brasileira sofre com as incertezas da guerra no leste europeu e com a greve dos servidores do Banco Central, além de movimentações sobre a Petrobras (PETR3;PETR4). O dólar, por sua vez, desvalorizava-se 1,09%, cotado a R$ 4,62.

Índice ao meio-dia 

Às 12h14 (horário de Brasília) o Ibovespa operava em queda de 0,50%, aos 120.959 pontos, com empresas estatais no radar do mercado. Já o dólar acelerava a queda para 1,32%, cotado a R$ 4,60.

O Ministério Público Junto ao Tribunal de Contas da União (MP-TCU) concluiu o parecer sobre a segunda etapa de análise da privatização da Eletrobras na última sexta (1º). O órgão determinou ser favorável à diluição do controle da União sobre a empresa. Além disso, o noticiário continua repercutindo as atualizações sobre a Petrobras.

A queda do dólar, por sua vez, é reflexo de um movimento mais otimista no exterior, que impulsiona a busca por ativos de risco e beneficia o real.

“Brasil desde o início do ano vem sido visto com bons olhos. Tudo isso vai forçando ‘players’ a mudarem de opinião e revisarem carteiras e posicionamento e isso está fazendo preço”, declarou Alessie, gerente da mesa de derivativos financeiros da Commcor DTVM, de acordo com o Valor.

Em relação às commodities, o petróleo segue ampliando ganhos, em meio ao cenário de incertezas sobre a oferta do produto, com a guerra entre Rússia e Ucrânia se estendendo ainda mais.

Já o Índice de Fundo de Investimentos Imobiliário (IFIX) mantém sua alta do início das negociações, às 12h26, o indicador avança 0,20%, aos 2.804 pontos.
 
Como foi a abertura da Bolsa?

O Ibovespa Abriu em queda de 0,18%, aos 121.356 pontos, nesta segunda-feira (4), em meio a repercussão da recusa de Rodolfo Landim para presidir a Petrobras, além de receio sobre Adriano Pires ser novo CEO da petroleira, após o pedido do Ministério Público de Contas da União (MPTCU) para investigar possível conflito de interesses na indicação de Pires. Às 10h20, o dólar comercial caiu 1,22%, a R$ 4,607.

As ações que mais afetaram o indicador foram a da Via (VIIA3) e da Magazine Luiza (MGLU3) que contraem 2,08% e 1,150%, respectivamente. Além disso, os papéis da Petrobras (PETR2;PETR4) também pesam sobre o benchmark, recuando 1,11% e 0,67%.

Pré-abertura

Os índices futuros operam próximos a estabilidade nesta manhã, após o S&P 500 apresentar ganhos pela terceira semana consecutiva.

Na próxima quarta (6), o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) irá publicar a ata da reunião de março do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), sinalizando a visão da instituição para as condições de mercado.