Ibovespa futuro recua em dia agitado para divulgação de dados de serviços

O Ibovespa futuro opera em queda nesta sexta-feira (3). Por volta das 9h21 (de Brasília), o índice recuava 0,88% a 111.850 mil pontos, em dia de divulgação de diversos indicadores de serviços no exterior.

A projeção em baixa do Ibovespa futuro acompanha a esperada divulgação do payroll nos EUA, além de vários anúncios sobre dados de serviços e indústria na região.

Entre eles, estão o próprio payroll do mês de maio, que é o relatório de empregos norte-americano. O mercado projeta a criação de 325 mil vagas no mês, mas aguarda as definições concretas do índice.

Serão publicadas também a taxa de desemprego para o quinto mês do ano no país, cuja projeção dos investidores está em 3,5%, além do PMI (Índice de Atividade dos Gerentes de Compras) divulgado pelo ISM (Instituto para Gestão de Ofertas) de Serviços.

Os investidores também aguardam o discurso da vice-presidente do FED (Federal Reserve, banco central norte-americano), Lael Brainard, que irá repercutir os dados de serviços no país, que podem indicar novos rumos para a taxa básica de juros norte-americana.

Enquanto isso, no Brasil, a publicação de dados industriais também fica no radar dos acionistas, a fim de analisar a repercussão dos resultados no mercado.

Primeiro, será divulgado o índice de produção industrial no mês de abril, em que a expectativa do mercado é de alta de 0,1% na comparação mensal, e queda de 0,8% na relação anual. Após isso, será publicado também o PMI de serviços do mês de maio.

No mercado corporativo, os novos episódios da privatização da Eletrobras (ELET6) também estão no centro das atenções no País.

Começa nesta sexta (3) e vai até o próximo dia 8, o período para reserva da oferta pública de ações ordinárias e preferenciais classe B (PNB) da Eletrobras. 

O valor mínimo para entrar na privatização da estatal é de R$ 1 mil e o máximo, de R$ 1 milhão. Quem quiser usar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) pode fazer um investimento mínimo de R$ 200.

Já nos mercados do exterior, a repercussão permanece nas decisões divulgadas na reunião da Opep+, realizada na última quinta-feira (2).

Os países membros da organização concordaram em impulsionar a produção de petróleo nos meses de julho e agosto em uma meta acima da esperada, por conta dos desdobramentos da guerra da Rússia contra a Ucrânia.

Com isso, as bolsas europeias operam de forma volátil, ainda digerindo os últimos índices inflacionários e industriais na zona do euro.

Em sua última divulgação, realizada nesta semana, a inflação da zona do euro atingiu o nível 8,1% em maio, acima do esperado pelos especialistas.

Logo, o aperto monetário já prometido pelo BCE (Banco Central Europeu) agora depende também dos dados de serviço e indústria que serão divulgados nos EUA, a fim de dar mais sinais à instituição europeia acerca de uma nova alteração na taxa básica de juros.

Na Ásia, a movimentação das bolsas ficou por conta das novidades na Coréia do Sul. 

O governo da cidade de Seul, capital sul-coreana, afirmou que passageiros que desembarcarem no país sem vacina não precisarão realizar quarentena, a partir do dia 8 de junho. Com a notícia, os papéis das principais companhias aéreas da região registraram alta.

Em contrapartida, as bolsas de China, Hong Kong e Taiwan não abriram nesta sexta (3), devido a feriados locais.

De volta ao cenário doméstico, o campo corporativo também fica no radar das projeções do Ibovespa futuro. A Camil (CAML3) anunciou que o valor bruto unitário por ação ordinária foi ajustado de R$ 0,069680254 para R$ 0,069719118, e que os proventos serão distribuídos no próximo dia 10 de junho.