Movida (MOVI3) anuncia Gustavo Moscatelli como novo CEO

Renato Franklin, agora ex-CEO, passará a integrar o comitê de gente e Pedro Almeida assume lugar Moscatelli no CFO

A Movida (MOVE3) anunciou, na manhã desta sexta-feira (31), que o conselho elegeu Gustavo Moscatelli como o novo CEO da companhia. Renato Franklin, que ocupava o cargo, passará a integrar o comitê de gente a partir do dia 30 de abril. 

Moscatelli foi CFO da Movida e da Vamos (VAMO3), outra empresa do grupo, dedicada à locação de caminhões e outros veículos pesados. Para o lugar de diretor financeiro deixado por novo CEO, o conselho elegeu Pedro Almeida, diretor da Drive on Holidays, unidade de negócios da Movida em Portugal.

O Bradesco BBI avaliou o anúncio como positivo para ações da Movida, mas manteve a recomendação de compra e preço-alvo de R$ 12,00 para o final de 2023. O Itaú BBA acredita que a mudança de comando na empresa deve agradar aos investidores, considerando a reação positiva do mercado quando Moscatelli anunciou suas primeiras ações de gestão de passivos com os resultados do quarto trimestre de 2022 da empresa.

Movida (MOVI3): lucro vem abaixo do esperado e cai 93% no 4T22

A Movida (MOVI3) teve lucro líquido de R$ 17,8 milhões no quarto trimestre de 2022, queda de 93% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado vem abaixo do esperado pela “Bloomberg”, que apontava para um lucro de R$ 60 milhões. 

No acumulado de 2022, a Movida teve lucro de R$ 556 milhões, uma redução de 32% na comparação anual, impactado pelo aumento das despesas financeiras em decorrência da elevação das taxas de juros ao longo do período.

A receita chegou a R$ 2,7 bilhões no quarto trimestre, alta de 55,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em todo o ano passado, o total da receita foi de R$ 9,6 bilhões, segundo a empresa.

Já o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Movida atingiu R$ 858 milhões no último trimestre de 2022, alta anual de 10,5%, evidenciando, de acordo com a empresa, a evolução operacional. No acumulado do ano, a soma foi de R$ 3,6 bilhões.