Natura (NTCO3) vai pagar R$ 180,77 milhões em dividendos

O montante equivale ao valor de R$ 0,13 por ação da Natura

A Natura (NTCO3) anunciou nesta quarta-feira (21) que irá pagar R$ 180,77 milhões em dividendos. O montante equivale ao valor de R$ 0,13 por ação.

O pagamento será realizado em 27 de dezembro de 2022 e tem como data de corte 20 de abril de 2022. A partir de 22 de abril de 2022, os papéis da companhia passaram a ser negociados como “ex-dividendos”.

O dividendo mínimo obrigatório da empresa do setor de varejo foi aprovado em assembleia geral ordinária e extraordinária realizada no dia 20 de abril de 2022.

Os dividendos da Natura são isentos de Imposto de Renda, embora isso não tire a necessidade de o investidor declarar os proventos recebidos à Receita Federal.

Nesta quarta-feira, por volta das 13:55 (de Brasília), as ações da Natura recuavam 1,80%, cotadas a R$ 10,92. 

Controlada da Natura (NTCO3) é condenada nos EUA

A Natura (NTCO3) informou na última segunda-feira (19) que sua controlada, a Avon Products, foi condenada a pagar US$ 36 milhões em danos compensatórios a uma cliente pela Justiça da Califórnia e US$ 10,3 milhões em danos punitivos.

Segundo o júri, os produtos da Avon que continham talco contaminado com amianto contribuíram para o mesotelioma, câncer na membrana que cobre o interior das paredes torácica e abdominal, em uma cliente chamada Rita Chapman.  A cifra de US$ 36 milhões destina-se a cobrir os custos médicos da cliente, que teria usado os produtos em pó contendo talco vendidos pela Avon a partir da década de 1950.

A Natura informou, através de comunicado, que Rita-Ann Chapman e seu marido, Gary Chapman, alegaram que, apesar da Avon nunca ter usado amianto em suas fórmulas de produtos, certos produtos em pó teriam sido contaminados com amianto durante processo de formação e mineração do talco que estava presente nessa mercadorias. Assim, o uso desses produtos teria contribuído para o desenvolvimento do câncer de Rita-Ann.

Por outro lado, a Avon afirmou ter “fortes fundamentos” para tentar anular o veredicto neste caso e buscará todas as medidas disponíveis para sua defesa. Se necessário, a companhia também disse que ingressará com recurso de apelação.

A companhia apontou que parou de vender os produtos nos EUA em 2016. O julgamento foi realizado em duas fases e a Avon foi incluída como réu em fevereiro de 2022. O processo de danos pessoais foi movido em Los Angeles, na Califórnia.