Nubank (NUBR33): BofA eleva preço-alvo, mas mantém recomendação

Preço-alvo da ação do Nubank foi elevado para US$ 5,50

O preço-alvo da ação do Nubank (NUBR33) foi elevado pelo Bank of America (BofA) para US$ 5,50, ante US$ 5, após incluir os resultados do segundo trimestre na tese e de atualizar estimativas.

O banco norte-americano projeta, agora, lucro líquido para 2022, 2023 e 2024 de US$ 60 milhões, US$ 261 milhões e US$ 719 milhões, respectivamente. Antes, as estimativas eram de US$ 211 milhões, -US$ 115 milhões e US$ 370 milhões.

Mesmo assim, a recomendação “neutra” para a fintech permaneceu. O BofA entende que, apesar de tendências melhores, o valuation está longe de parecer atrativo.

Ação do Nubank está mais barata, mas não necessariamente atrativa

Segundo relatório divulgado na última quinta-feira (8), o interesse do investidor no Nubank está elevado, especialmente com o underperformance significativo desde seu IPO (oferta pública de ações) e com as tendências operacionais em possível inflexão, visto que as taxas atingiram o pico no Brasil. 

Dessa forma, de acordo com o BofA, apesar da ação estar mais barata, ela não está necessariamente atrativa.

Ainda, a desaceleração esperada para o crescimento de crédito pessoal, somada a problemas de qualidade dos ativos, mostra os desafios que o Nubank tem enfrentado para expandir para além dos cartões de crédito. 

Além disso, a receita média por usuário ativo (ARPAC) tem sido “artificialmente” impulsionada por um ambiente de taxas altas, segundo analistas do banco. 

Por outro lado, o BofA analisa que os custos de financiamento estão provavelmente atingindo o pico, enquanto as adições de clientes e o engajamento têm se mostrado melhores que o esperado. Ainda, os ganhos recentes de eficiência evidenciam a forte alavancagem operacional da fintech, acrescenta o BofA.

As ações do Nubank (NU) listadas em Nova York subiam 4,95%, a US$ 5,31, por volta das 15h30 (de Brasília). No Ibovespa, que operava em alta de 2,26%, os papéis NUBR33 avançavam 4,32%, a R$ 4,59.