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PF investiga lavagem de dinheiro em R$ 55 bi com criptomoedas

Os grupos investigados pela PF recebiam os valores e enviavam aos EUA, Hong Kong e outros países através de criptomoedas

Foto: Unsplash / Criptomoedas
Foto: Unsplash / Criptomoedas

A Operação Niflheim foi deflagrada pela PF (Polícia Federal), nesta terça-feira (10), com o apoio da Receita Federal. O objetivo foi desarticular três grupos criminosos que atuam no mercado de criptomoedas. Desde o início da investigação, os suspeitos movimentaram mais de R$ 55 bilhões.

Os grupos utilizam empresas de facha e outros meios que dificultavam o restreamento para lavar os recursos que advinham, principalmente, de “clientes” do tráfico de drogas e do contrabando, de acordo com o “InfoMoney”.

Os grupos recebiam os valores e se encarregavam de enviá-los ao exterior através de criptomoedas. Os EUA, Hong Kong, Emirados Árabes e China eram os principais destinos do dinheiro.

A PF iniciou as investigações em 2021, esta que revelou que a atuação dos grupos criminosos integra diversas camadas de operações financeiras.

A operação da PF mobilizou 130 policiais federais e 20 servidores da Receita Federal, que cumprem 8 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão em Caxias do Sul (RS), São Paulo, Fortaleza e Brasília.

Além disso, a Justiça Federal determinou que os valores das contas bancárias e criptomoedas dos investigados fossem bloqueados. O montante totaliza R$ 9 bilhões, além da apreensão de veículos e imóveis.

A PF considera que, no final das contas, os três grupos-alvo da Operação Niflheim atuam de forma organizada e mantêm relações entre si, podendo ser considerados como uma única organização criminosa.

Os líderes desses grupos operam a partir de Caxias do Sul (RS) e Orlando (EUA), segundo o veículo de notícias.

Os crimes investigados incluem lavagem ou ocultação de bens, crimes contra o sistema financeiro nacional, falsidade ideológica, associação criminosa, organização criminosa e crimes contra a ordem tributária.

PF investiga bancos e fintechs em suposto esquema bilionário

Uma operação que investiga como os bancos Bonsucesso e Rendimento atuaram em um esquema de movimentação de R$ 7,5 bilhões em contas clandestinas, foi deflagrada pela PF (Polícia Federal), nesta quarta-feira (28), segundo apuração da “Reuters”.

Os bancos funcionavam como “hospedeiros” de contas bolsões, segundo fontes do veículo. Essas contas eram abertas por meio de duas fintechs de Campinas (SP), a T10bank e aI9 pay (InoveBanco), que não tinham autorização do BC (Banco Central) para funcionar.

A PF afirmou, em nota, que a operação, batizada de “Concierge”, tinha o objetivo de desarticular uma organização criminosa que oferecia, por meio das fintechs, contas clandestinas que permitiam transações financeiras dentro do sistema bancário oficial, mas de forma oculta.

Conforme a PF, as contas nas duas fintechs foram usadas por “facções criminosas, empresas com dívidas trabalhistas, tributárias, entre outros fins ilícitos”.

“As contas eram anunciadas como contas garantidas porque eram ‘invisíveis’ ao sistema financeiro e blindadas contra ordens de bloqueio, penhora e rastreamento, funcionando por meio de contas bolsões, sem conexão entre remetentes e destinatários e sem ligação entre correntistas e bancos de hospedagem”, acrescentou a corporação, segundo a agência de notícias.