Rede D’Or (RDOR3): Itaú BBA corta preço-alvo mas reitera “compra”

Corte no preço-alvo dos papéis da Rede D’Or foi de R$ 45 para R$ 41

O Itaú BBA cortou o preço-alvo das ações da Rede D’Or (RDOR3), de R$ 45 para R$ 41. Segundo os analistas do banco, a operadora de hospitais deve ter, no segundo semestre, um crescimento de tíquetes menor que o esperado, com negociações com operadoras se arrastando. Mesmo assim, o banco reiterou a recomendação de “compra” dos papéis da companhia. 

Para os analistas Vinicius Figueiredo, Lucca Generali Marquezini e Felipe Armancio, o mercado está aguardando com nervosismo o resultado das negociações da Rede D’Or com suas principais pagadoras, olhando como pano de fundo a situação de lucro atual das operadoras de saúde.

Mesmo assim, o relatório do Itaú BBA aponta uma maior diluição de custos e redução no preço de insumos e remédios, após melhor negociação com fornecedores, o que deve ajudar a sustentar a margem Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), compensando a desalavancagem operacional no período. 

Por conta desses efeitos, o banco reduziu estimativas de Ebitda em 8% neste ano e em 10% em 2023. Os analistas ainda afirmam que o patamar ainda elevado dos juros vai pressionar o lucro líquido da Rede D’Or, esperando R$ 1,14 bilhão em 2022 e R$ 1,95 bilhão no ano seguinte. 

Nas novas projeções do banco, os papéis da empresa são negociados a um múltiplo de 31 vezes o preço-lucro de 2023, o que a equipe de analistas do Itaú BBA vê como altas em um cenário de poucos gatilhos de curto prazo. 

Por fim, a tese do banco se mantém construtiva no longo prazo, com o crescimento do setor de saúde.

Os papéis da Rede D’Or (RDOR3) operavam em baixa de 2,50%, a R$ 30,03, por volta das 15h30 (horário de Brasília) desta quinta-feira (29). Ainda assim, as ações da companhia operadora de hospitais chegaram a cair mais de 6% no pregão desta quinta.