O Banco Central anunciou uma redução de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, trazendo-a para 12,25% ao ano, e sinalizou que mais cortes podem ocorrer nas próximas reuniões. A decisão foi bem recebida pelo mercado e impulsionou o Ibovespa enquanto o dólar e os juros futuros caíram. Especialistas ouvidos pelo BP Money destacam preocupação com meta fiscal e exterior.
O Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que o ritmo de redução é apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo de desinflação. O economista Luca Mercadante da Rio Bravo acredita que o BC seguirá cortando a taxa de juros a um ritmo de 50 pontos-base por reunião.
A ênfase na abertura da curva dos Treasuries dos EUA, um dos desafios para a continuidade dos cortes de juros no Brasil, foi uma das principais mudanças no comunicado. Apesar disso, a decisão de cortar a taxa reflete a percepção de que a atividade econômica no Brasil está desacelerando e que o processo de desinflação continua.
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A expectativa é de que as taxas dos DIs possam cair ainda mais na sexta-feira, após o feriado do dia 2 de novembro, dado o movimento dos rendimentos dos Treasuries após a decisão do Federal Reserve. No entanto, a divulgação do relatório de empregos (payroll) dos EUA na sexta-feira pode influenciar o mercado.
No mercado de câmbio, a reação do dólar ao comunicado do Copom tende a ser menor, e as cotações continuarão influenciadas pelo cenário internacional e pelos dados dos EUA. No geral, o mercado permanece atento às dinâmicas globais, e a liquidez pode ser menor em sextas-feiras próximas a feriados e fins de semana.
Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, acredita que a decisão do Copom trouxe alívio para as empresas com a queda da Selic, mas espera que o desempenho do mercado na sexta-feira seja mais impactado pela decisão do Federal Reserve do que pelo BC local.
