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Tesouro Direto: prefixados e IPCA+ avançam timidamente nesta segunda

Os títulos prefixados e IPCA+ negociados no Tesouro Direto avançaram de forma tímida nesta segunda-feira (20)

Os títulos prefixados e IPCA+ negociados no Tesouro Direto avançaram de forma tímida nesta segunda-feira (20). Na última sexta (17), os títulos sofreram queda.

Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2026 oferecia rentabilidade anual de 10,19%, com investimento mínimo de R$ 32,55, ante 10,16% de sexta. O Tesouro Prefixado 2029, por sua vez, entregava retorno de 10,75%, ante 10,74% apresentado anteriormente.

O Tesouro IPCA+ 2035 apresentou um resultado estável nesta segunda. O título registrou retorno de 5,56%, o mesmo reportado anteriormente. O título IPCA+ 2045, por sua vez, registrou um desempenho positivo, gerando rentabilidade de 5,72% ante 5,71%, reportado na segunda.

Cenário macroeconômico influencia Tesouro

Os títulos do Tesouro Direto são influenciados pelo cenário macroeconômico no Brasil e no exterior. O mercado local reage ao Boletim Focus divulgado na manhã desta segunda-feira (20). A projeção do IPCA para o ano atual diminuiu de 4,59% na semana anterior para 4,55%, enquanto a previsão da inflação para 2024 teve uma leve redução de 3,92% para 3,91%, interrompendo uma sequência de três semanas de alta.

Nos EUA a semana será mais curta por causa do feriado de Ação de Graças, com todas as principais médias saindo de seu terceiro desempenho consecutivo de vitórias.

O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. O economista ultraliberal Javier Milei é o novo presidente da Argentina. O candidato do partido La Libertad Avanza venceu o atual ministro da economia, Sergio Massa, do partido Unión por la Patria, no segundo turno da eleição disputada no domingo (19).

O Brasil está de olho no que vai acontecer no País vizinho. A Argentina é o terceiro maior parceiro comercial brasileiro, atrás apenas de China e Estados Unidos. Em 2022, o Brasil teve um saldo positivo de US$ 2,2 bilhões na balança comercial com os argentinos.

Logo após o primeiro turno, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Governo Federal observa “com interesse” a eleição presidencial na Argentina devido à integração do Mercosul, em meio à negociação de um acordo comercial com a União Europeia.