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Cristina Kirchner: Justiça anuncia hoje veredito sobre corrupção

Vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner é acusada de associação criminosa e improbidade administrativa

A Justiça da Argentina marcou para esta terça-feira (06) uma audiência para anunciar o veredito sobre o julgamento de Cristina Kirchner, vice-presidente do país, que é acusada de associação criminosa e improbidade administrativa. 

Em agosto, o Ministério Público pediu 12 anos de prisão para Cristina por ela ter supostamente chefiado uma associação que cometia fraudes entre 2007 e 2015, quando ela era presidente da Argentina. Caso condenada, Kirchner ainda poderá recorrer.

Na acusação, também foi solicitado que Cristina não possa exercer cargos públicos pelo resto da vida.

A ex-presidente nega as acusações e diz que são parte de uma perseguição contra ela e o projeto político que representa. 

A acusação contra Cristina Kirchner 

Para o Ministério Público argentino, Cristina Kirchner, junto com ex-funcionários de seu governo, dirigiu contratos milionários para obras rodoviárias que, segundo a denúncia, estavam incompletas e superfaturadas. 

A acusação contra a ex-presidente trata especificamente de 51 licitações rodoviárias na província de Santa Cruz, onde ela e seu marido, Néstor Kirchner, também ex-presidente da Argentina, desenvolveram boa parte de suas carreiras profissionais e políticas antes de irem para o cenário nacional.

Além de Kirchner, outra figura fundamental da acusação é Lázaro Báez, ex-parceiro do casal. A denúncia aponta Báez como o principal beneficiário da suposta fraude. Dessa forma, incluindo a ex-presidente, 13 pessoas são acusadas no caso.

No entanto, a vice-presidente da Argentina é protegida por imunidade constitucional, a mesma que protege o presidente. Com isso, Kirchner não pode ser presa, a menos que seja destituída por impeachment.

Dessa forma, mesmo que o Tribunal de Justiça a condenasse, ela não iria para a cadeia. Ainda, se não for condenada, Cristina Kirchner estará em condições de concorrer a um cargo eletivo nas eleições de 2023, como, por exemplo, senadora, deputada ou novamente à Presidência da Argentina. Em qualquer um desses cargos, ela também seria protegida por privilégios constitucionais.