Indicado ao cargo de presidente do BID (Banco Interamericano do Desenvolvimento) pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), Ilan Goldfajn, foi eleito, neste domingo (20), o novo presidente da instituição. É a primeira vez que um brasileiro ocupa o posto. As informações são do jornal “Folha de S. Paulo”.
O BID financia projetos de desenvolvimento no continente e tem sede em Washington. Integrantes do governo eleito (PT) foram contra a nomeação de Goldfajn ao cargo, depois da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas.
Veja também: Centrão ameaça obrigar Lula a pagar orçamento secreto
Notícias Relacionadas
Tensão no Oriente Médio
Israel entra em alerta máximo após ataque iraniano sem precedentes
O ataque foi considerado o maior do tipo contra alvos iranianos desde 2020
Conflito no Oriente Médio
EUA: Irã ameaça ataque caso governo interfira em combate com Israel
Irã ainda vê EUA como culpado pela morte do general Damasco, que oconteceu durante ataque de Israel
Goldfajn foi eleito em primeiro turno na votação da Assembleia de Governadores. A assembleia reuniu representantes dos países que compõem o banco, com votos que representam 80% do capital da entidade.
A indicação de Goldfajn foi oficializada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, antes do segundo turno das eleições presidenciais deste ano. De acordo com informações da “Agência Brasil”, atualmente o Brasil é o segundo maior acionista do BID, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
Quem é Ilan Goldfajn?
Nascido em Israel, filho de brasileiros, Goldfajn é formado em economia na Universidade Federal do Rio de Janeiro e possui doutorado pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), nos EUA.
Goldfajn comandou o Banco Central entre 2016 e 2019, indicado por Michel Temer (MDB). O executivo de 56 anos ocupava, atualmente, o cargo de diretor de Hemisfério Ocidental do FMI (Fundo Monetário Internacional).
O ex-presidente do Banco Central concorria ao cargo de presidente do BID com a argentina Cecilia Todesca Bocco, secretária de Relações Econômicas Internacionais da chancelaria do país; o mexicano Gerardo Esquivel, um dos diretores do Banco Central do México; o chileno Nicolás Eyzaguirre, ex-ministro da Economia e Gerard Johnson, de Trinidad e Tobago, ex-funcionário do BID.
