Mundo

Rússia intensifica ataques contra a Ucrânia

As ordens foram dados pelo ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, sábado (16)

O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, deu ordens no sábado (16) para que todas as unidades militares que atuam na Ucrânia intensifiquem suas operações para prevenir uma ofensiva de Kiev contra os territórios controlados por Moscou.

Em comunicado, Shoigu forneceu “as instruções necessárias para aumentar as ações dos grupos em todas as unidades operacionais de forma a excluir a possibilidade do regime de Kiev lançar ataques maciços e de artilharia contra infraestruturas civis e habitantes das localidades do Donbass e outras regiões”.

Shoigu também informou que as forças russas destruíram uma fábrica que produzia peças para mísseis balísticos Tochka-U na cidade ucraniana de Dnipro.

Na sexta-feira (15), a Rússia lançou um ataque de mísseis que atingiu um armazém na cidade de Odessa. As chamas foram apagadas e não houve feridos ou vítimas. 

Ainda na sexta-feira, a cidade de Dnipro, que fica a 500 quilômetros de Kiev, foi atingida por mísseis. Cerca de 12 edifícios, incluindo uma escola, apartamentos residenciais e um complexo industrial foram alvejados. Pelo menos 15 pessoas ficaram feridas e três morreram durante os ataques, segundo Valentyn Reznichenko, governador de Dnipro.

O país comandado por Vladimir Putin tem utilizado a maior usina nuclear da Europa, em Zaporizhzhia, na Ucrânia. A usina está sendo usada como base para o armazenamento de armas, incluindo “sistemas de mísseis”, para bombardear os arredores da Ucrânia.

A usina está sob controle russo desde as primeiras semanas da invasão, embora ainda seja administrada por pessoal ucraniano. A situação na fábrica de Zaporizhzhia, onde cerca de 500 soldados russos controlam a fábrica, é “extremamente tensa”, segundo as autoridades ucranianas.

Ainda no sábado, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky alertou a população e as autoridades para uma nova rodada de ataques da Rússia com mísseis em cidades da Ucrânia. As informações são do “Dow Jones”.