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Casas Bahia (BHIA3): ações saltam 18% com recuperação extrajudicial

O grupo anunciou, no domingo (28), um pedido de recuperação extrajudicial, garantindo uma economia de R$ 1,5 bilhão para este ano

Casas Bahia (BHIA3)
Casas Bahia (BHIA3) / Foto: Divulgação

Após o anúncio do pedido de recuperaçao extrajudicial, as ações do Grupo Casas Bahia (BHIA3) registraram fortes altas na manhã desta segunda-feira (29). Por volta das 11h (horário de Brasília), os papéis avançavam 18,93%, cotados a R$ 6,47.

Ao final do pregão da sexta-feira (26), as ações da varejista recuavam 52,20%, a maior baixa do Ibovespa.

O grupo anunciou, neste domingo (28), um pedido de recuperação extrajudicial, garantindo uma economia de R$ 1,5 bilhão em seu caixa para este ano. No comunicado, a empresa afirma que dá continuidade ao Plano de Transformação anunciado ao mercado por meio de fato relevante em agosto do ano passado.

A Casas Bahia (BHIA3) assinou um contrato com seus dois principais credores, o Bradesco e o Banco do Brasil, que detêm em conjunto 66% das dívidas que serão incluídas no processo de recuperação extrajudicial, estabelecendo todos os termos e condições necessárias para a operação.

Casas Bahia (BHIA3): ‘agora, vamos focar na operação’, diz CEO

Após a Casas Bahia (BHIA3) concluir um acordo para reestruturar sua dívida bancária, garantindo uma economia de R$ 1,5 bilhão em seu caixa para este ano, o CEO da varejista, Renato Franklin, afirmou que o foco será nas opeções .

“Todo ano tínhamos um muro de cerca de R$ 1 bilhão. Era apertado e tirava o foco da parte operacional. A preocupação era o próximo vencimento. Agora, vamos focar na operação”, disse o executivo ao NeoFeed.

Anteriormente, em fevereiro deste ano, a empresa já havia renegociado R$ 1,5 bilhão em dívidas com vencimento em 2024 e 2025, o que deu um respiro temporário para a execução de seu plano de reestruturação.

Agora, com o acordo finalizado, o próximo pagamento significativo de pouco mais de R$ 250 milhões só ocorrerá em 2026.

A negociação se concentrou no alongamento do prazo de pagamento, mantendo a alavancagem da empresa em 0,9 vez, sem cortes significativos na dívida.