EQI deve virar corretora em acordo com BTG (BPAC11)

A EQI responde hoje por cerca de R$ 20 bilhões na custódia do banco

A EQI Investimentos deve ser a primeira corretora com acordos selados pelo BTG Pactual (BPAC11) com negócios que nasceram originalmente como agentes autônomos.

A assessoria responde hoje por cerca de R$ 20 bilhões na custódia do banco — o dobro do que tinha quando rompeu o contrato com a XP, em 2021 — e é a que está em estágio mais avançado, do ponto de vista regulatório e de infraestrutura, para se tornar operacional no novo formato, segundo Marcelo Flora, sócio e diretor do BTG responsável pelos canais digitais e de intermediários financeiros. As informações são do jornal “Valor Econômico”.

Com outros escritórios com os quais o banco fechou parcerias semelhantes, não há pressa para a criação de uma instituição financeira. Aquisições de parcelas desse tipo de distribuição agora devem ocorrer na estrutura de assessoria de investimentos, já que a regulação passou a permitir sócios capitalistas e estratégicos nesses negócios — antes, os agentes autônomos só podiam se organizar em sociedades uniprofissionais, admitindo apenas pessoas com certificação específica pela Ancord.

BTG lança sua primeira stablecoin, a BTG Dol

O BTG Pactual anunciou, no início de abril, o lançamento de sua primeira stablecoin, a BTG Dol. A criptomoeda tem paridade de 1 para 1 com o dólar norte-americano. O projeto foi desenvolvido por meio da Mynt, a plataforma de negociação de criptoativos do banco, segundo o portal InfoMoney.

Uma stablecoin, diferente das criptomoedas tradicionais, é um tipo de moeda digital estável atrelada a algum ativo do mercado financeiro, como dólar, real, ouro ou outra commodity.

Em nota, o banco afirmou que ele próprio garante e faz a gestão do lastro da BTG Dol. Ainda como informou o veículo de notícias, o BTG disse que a moeda dá para os investidores a oportunidade de “dolarizar” parte do patrimônio.

Cautela com stablecoins
Recentemente, após a crise com a USDC, a stablecoin com a melhor reputação no mundo, especialistas apontaram que o momento poderia exigir maior cautela com esse tipo de ativo.

“Acredito que o impacto pode ser extremamente negativo no curto prazo, caso vejamos algum tipo de regulamentação voltada à proibição da negociação para as stablecoins centralizadas”, disse a head de criptoativos da Levante ao InfoMoney, Luísa Pires.

Por outro lado, há uma expectativa cada vez maior de que bancos comecem a entrar no mercado de stablecoins. Segundo o Banco Central (BC), o projeto do real digital contempla a possibilidade de instituições financeiras emitirem ativos digitais lastreados em depósitos (stablecoins de real).