ICOM: Confiança do Comércio sobe 6,9 pontos em junho para 94,2 pontos

O Índice de Situação Atual subiu 8,8 pontos para 98,9 pontos e o Índice de Expectativas avançou 4,6 pontos, para 89,7 pontos

O Índice de Confiança do Comércio (ICOM), calculado pelo FGV/Ibre, apresentou um aumento de 6,9 pontos em junho, atingindo 94,2 pontos. Esse é o maior valor registrado desde outubro de 2022, quando o índice alcançou 98,0 pontos. Considerando a média móvel trimestral, houve um aumento de 2,4 pontos, marcando o terceiro resultado positivo consecutivo.

Segundo Rodolpho Tobler, economista do FGV/Ibre, a confiança do comércio está mostrando sinais mais claros de recuperação, após oscilar durante a maior parte do primeiro semestre de 2023. Essa melhora na confiança é um indicativo positivo para o setor, refletindo uma possível retomada da atividade econômica no comércio.

“O resultado positivo de junho ocorre tanto nos indicadores sobre o momento presente quanto das expectativas e também foi disseminado em todos os principais segmentos. A recente melhora da confiança dos consumidores e desaceleração da inflação parecem influenciar positivamente o setor gerando também expectativas mais otimistas em relação ao segundo semestre”, explicou em nota.

 

Tobler destacou que, embora haja uma melhora na confiança do comércio em junho, é importante ressaltar que o caminho para uma recuperação completa ainda é longo. Ele enfatizou a necessidade de uma melhora contínua nas variáveis macroeconômicas para sustentar esse processo de recuperação.

A alta do ICOM em junho foi positiva em todos os seis principais segmentos do setor e nos dois horizontes temporais analisados. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) teve um aumento de 8,8 pontos, atingindo 98,9 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) avançou 4,6 pontos, chegando a 89,7 pontos. Ambos os índices registraram o maior nível desde outubro de 2022 (102,3 pontos e 93,8 pontos, respectivamente).

Trimestre

 

O segundo trimestre de 2023 teve um resultado positivo impulsionado pela melhora da percepção da demanda e do ambiente de negócios. No entanto, ainda não houve uma recuperação completa das perdas dos dois trimestres anteriores. Em relação às expectativas, embora tenha havido melhorias marginais, a média do segundo trimestre permaneceu abaixo da média do trimestre anterior.