Uber (U1BE34) diz não ter planos para demissão em massa

Posicionamento da Uber vai na contramão do mercado de tecnologia

Durante o Fórum Econômico Mundial, que acontece nesta semana em Davos, na Suíça, o presidente-executivo da Uber (U1BE34), Dara Khosrowshahi, afirmou nesta quinta-feira (19) que a companhia não está, atualmente, planejando nenhuma grande ação envolvendo demissão em massa.

Segundo o executivo, a companhia trabalhou para cortar custos cedo o suficiente em relação a outras empresas, postura considerada inicialmente como “um balão de chumbo”.

O posicionamento da Uber vai na contramão do mercado de tecnologia, que vive desde o ano passado uma série de demissões em massa, que afetaram tanto startups quanto big techs. 

Na última quarta-feira (18), por exemplo, apesar da Microsoft (MSFT34) não comentar o assunto, o possível layoff na companhia foi assunto em grandes jornais. De acordo com a emissora britânica de televisão Sky News, a Microsoft irá dispensar cerca de 5% de sua força de trabalho, o equivalente a 11 mil funcionários.

Também recentemente, a fintech Méliuz (CASH3), a startup de seguros Pier, e até a 99 cortaram sua força de trabalho. 

Outras gigantes do setor, como Amazon (AMZO34), a dona do Facebook e do Instagram – Meta (M1TA34) -, e Twitter (TWTR34) também fazem parte da lista de empresas que dispensaram seus funcionários. 

Haddad discute “previdência do Uber” com CEO da empresa em Fórum

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), se reuniu, também em Davos, com o CEO do Uber e discutiu, entre outros temas, a chamada “previdência do Uber”. O governo brasileiro, segundo Haddad, defende que os trabalhadores que prestam serviços para o Uber tenham seus direitos previdenciários preservados. 

“Esses trabalhadores têm de ter algum amparo social como todo trabalhador, uma perspectiva de se aposentar. Isso é uma demanda justa que eles estão fazendo”, disse Haddad.

O ministro da Fazenda afirmou que o CEO do Uber demonstrou sensibilidade em relação ao tema e reconheceu que a previdência “é um problema mundial e não apenas brasileiro”.