Xiaomi deve cortar 10% dos empregos em meio a covid-19 na China

Até o final de setembro, a Xiaomi contava com 35 mil funcionários

A Xiaomi, empresa chinesa do ramo de tecnologia, começou a demitir funcionários de seus negócios de smartphones e serviços de internet em meio a surtos de covid-19 no país, segundo a agência de notícias “Reuters”. 

Os cortes, chamados de “otimização de pessoal e racionalização organizacional” por um porta-voz da empresa, impactam menos de 10% da força de trabalho total. Segundo a fonte, os funcionários afetados foram compensados em conformidade com os regulamentos locais.

Nesta semana, as redes sociais chinesas receberam inúmeras postagens sobre cortes de emprego. Segundo a “Reuters”, a mídia local informou que o corte de empregos afetaria 15% da folha de pagamento da Xiaomi, citando fontes não identificadas. 

De acordo com o South China Morning Post, a companhia tinha mais de 35 mil funcionários no final de setembro. Destes, mais de 32 mil na China Continental. A última mudança pode afetar milhares de trabalhadores, muitos que acabaram de entrar na empresa, já que em dezembro do ano passado, a Xiaomi iniciou uma onda de contratações. 

Resultados da Xiaomi

Em novembro deste ano, a Xiaomi divulgou uma queda de 9,7% na receita do terceiro trimestre, afetada pelas restrições contra a covid-19 na China e pela diminuição da demanda do consumidor. 

O faturamento do terceiro trimestre atingiu 70,17 bilhões de iuans, o equivalente a US$ 9,81 bilhões, abaixo dos 78,063 bilhões no mesmo trimestre do ano anterior, ligeiramente abaixo das expectativas dos analistas de 70,52 bilhões de iuans.

O lucro líquido caiu 59,1%, para 2,12 bilhões de iuans, ante 5,176 bilhões um ano atrás.

A receita de smartphones, que representam cerca de 60% das vendas totais da Xiaomi, caiu 11% ano a ano.