Fernando Haddad (PT), atual ministro da Fazenda do governo Lula, confirmou nesta segunda-feira (4) que o prazo para envio dos projetos de lei de regulamentação da reforma tributária está mantido para o final de março.
O governo Lula tem até o dia 18 de junho para mandar os textos ao Congresso Nacional, mas a intenção é concluir ainda no final deste mês, segundo o Valor Econômico.
Enquanto chegava ao Palácia do Planalto para reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Haddad declarou que “a ideia nossa é mandar em março”.
“A gente está dependendo um pouco dos trabalhos com Estados e municípios. Firmamos um compromisso com eles de mandar [os projetos] já com a questão federativa, se não totalmente resolvida, bastante adiantada para facilitar a tramitação no Congresso. Então o [secretário extraordinário da reforma tributária Bernard] Appy está coordenando vários grupos de trabalho. Mas está mantido o horizonte de mandar até o fim do mês”, proseguiu.
Outra afirmação feita pelo ministro é que nesta terça-feira (5), deve participar de uma reunião com Lula, junto com os líderes do Senado, no Palácio da Alvorada.
Segundo o jornal, nesta segunda-feira Haddad já esteve em reunião com Lula e outros agentes, como Kristalina Georgieva, diretora-geral do FMI (Fundo Monetário Internacional) e Jin Liqun, presidente do (AIIB) Asian Infrastructure Investment Bank.
Segundo Haddad, nos encontros os participantes trataram de questoes como “financiamento internacional” e “alinhamento de cotas” do FMI.
Haddad avalia que dados do PIB vieram acima do esperado
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou, na última sexta-feira (1), sua satisfação com o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, que apresentou um crescimento de 2,9%, superando as expectativas, mesmo aquelas mais otimistas do governo em relação ao mercado. Haddad projeta um crescimento em torno de 2,2% para este ano.
Ele destacou que o desempenho do PIB do ano passado não apenas atendeu às expectativas, mas também se aproximou dos 3%, o que, segundo ele, transmite confiança na economia brasileira. Quanto ao último trimestre, o PIB permaneceu estável em relação ao trimestre anterior.
Além disso, o ministro observou com interesse a leve melhoria no quarto trimestre na formação bruta de capital. Apesar da queda de 3% no setor ao longo do ano, ele ressaltou a importância dos investimentos para impulsionar a economia.
“Estamos começando o ano começando com juros muito acima do gostaríamos, mas 2,5% abaixo do começo do ano passado”, disse o ministro.