Política

Lula não descarta exploração de petróleo na Foz do Amazonas

Lula disse que pretende analisar o assunto quando voltar ao Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na noite do último domingo (21) que não descarta liberar a exploração de petróleo na Foz do Amazonas. Em contrapartida, Lula também disse que só pretende analisar o assunto quando voltar ao Brasil.

“Se explorar esse petróleo der problema para a Amazônia, certamente não será explorado, mas eu acho difícil porque são 530 km de distância da Amazônia. Mas eu só posso saber quando eu chegar lá”, pontuou Lula a jornalistas na cidade japonesa de Hiroshima, onde participou da reunião de cúpula do G7.

A declaração de Lula surge após o Ibama negar na última quarta-feira (17) uma licença para a Petrobras (PETR3;PETR4) perfurar um poço exploratório na região que integra a Margem Equatorial brasileira, a cerca de 500 km da foz do Rio Amazonas. A estatal afirmou que recorrerá nesta semana da decisão do órgão ambiental.

Petrobras (PETR4) pode explorar petróleo na Margem Equatorial

O presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Jean-Paul Prates, afirmou no último sábado (20) que a estatal considera investir na exploração de áreas da chamada Margem Equatorial, que pertencem à Guiana e ao Suriname.

A declaração do executivo surge após o Ibama não conceder licença para que a petroleira inicie a perfuração do primeiro poço na Foz do Amazonas para pesquisar reservas de petróleo.

Em entrevista ao “Estadão”, Prates revelou que ainda fará esforços para obter a licença do Ibama para os planos na Foz do Amazonas, mas informou que já tem um plano de desmobilização da sonda e dos equipamentos mobilizados pela companhia para a região.

Entretanto, o executivo da Petrobras indicou ao “Estadão” que a empresa pode participar de prospecções na Guiana e no Suriname, países que também têm áreas com potencial petrolífero na chamada Margem Equatorial.

“Nós temos a possibilidade de voltar a nos internacionalizar um pouco em relação à Guiana, em relação a outros lugares. Talvez, diante da impossibilidade de furar na foz (do Rio Amazonas), a gente possa testar alguma coisa na Guiana e Suriname”, afirmou o presidente da Petrobras.