O mercado financeiro tem passado por muitas mudanças no comportamento. O setor tem se tornado mais exigente, mais conservador e essas atitudes acabam corroborando com o avanço do segmento de assessorias de investimentos, que auxiliam na manutenção e na promoção de novos investimentos, além do crescimento patrimonial.
De acordo com dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados), em maio de 2025, o setor de seguros patrimoniais apresentou um crescimento nominal de 22,79% e real de 16,83% em comparação ao mesmo mês do ano anterior, arrecadando R$ 2,91 bilhões no ano até o mês referente.
No segmento de seguros de danos, o desempenho geral foi impactado pelo ramo de automóveis, que registrou um crescimento inferior (5,89%) ao restante do setor, totalizando R$ 24,01 bilhões no ano até maio, respondendo por 42% dos seguros de danos no ano.
Entretanto, diversas outras modalidades (incluindo seguros patrimoniais e empresariais) obtiveram altas superiores a 10%, demonstrando a resiliência do mercado e a diversificação dos produtos ofertados.
Visando reconhecer a excelência técnica, inovação, adaptação, impacto nos relacionamentos desses profissionais com os investidores, a ABAI (Associação Brasileira dos Assessores de Investimentos) criou o Prêmio ABAI – Melhores da Assessoria 2025, com o objetivo de destacar assessores e escritórios que se destacaram no cenário financeiro nacional. A iniciativa é apoiada pela B3, BP Money, Ancord dentre outras instituições do setor.
Por que investir em seguro patrimonial
A advogada especialista da área de seguros do Onda Segura, Gislaine Santos, afirmou que “a contratação de um seguro patrimonial é de fundamental importância diante de eventos imprevistos. Ele evita a perda dos bens conquistados ao longo do tempo, preservando sua segurança financeira e seu patrimônio”.
O seguro patrimonial mais comum para pessoas físicas é o residencial, o serviço abrange a cobertura de danos provocados por eventos adversos (crises climáticas, incêndios, roubos, furtos, dentre outros).
Segundo a pesquisa da FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), instituição que representa o mercado de seguros de danos e responsabilidades, é crescente a presença do seguro residencial no Brasil. Em 2017, o índice de penetração deste seguro era de 13,6% no país, percentual que logo subiu para 17% no ano de 2021.
Para as empresas, o mais cobiçado é o seguro empresarial, que resguarda bens, os colaboradores e as operações das empresas. Mesmo segundo facultativa, as seguradoras oferecem produtos específicos para as mais variadas atividades, diversificando a depender do serviço e operação realizada pela contratante.
Para entender esse crescimento no setor de seguros patrimoniais, o especialista em finanças comportamentais e planejador financeiro, Jeff Patzlaff argumenta que “o aumento do valor dos ativos, sobretudo nas áreas urbanas, a intensificação de eventos climáticos em todo o mundo, acabou criando uma maior percepção para os riscos das pessoas e empresas”.
Ele completa: “o setor acabou se modernizando, sendo possível contratar, gerenciar e acionar os seguros de forma simples e digital.”
Métricas para subscrição e relatório do setor
Mayara Camargo, especialista de seguros e sócia da The Hill Capital, diz que o processo de subscrição de um acordo de seguridade considera a sigla COPE (Construção, Ocupação, Proteção e Exposição).
“No segmento construção, consideramos o material, a idade e a resistência ao fogo; na ocupação, analisamos se é residencial, um escritório, indústria”.
A profissional ainda destaca que os mecanismos de proteção que costumam ser averiguados, são a presença de brigada de incêndio, câmeras de vigilância, detecção de fumaça, dentro outros; além de se considerar a exposição, que consiste em verificar a distância de um corpo de bombeiros, índice de criminalidade da localidade, vizinhança.
Segundo Amâncio Paladino, diretor de vida e previdência da XP Seguros, a aceitação de riscos e o pagamento de sinistros são outros desafios que envolvem as seguradoras no momento de subscrição.
“São processos que precisam ser ágeis e transparentes, ao mesmo tempo em que protegem as seguradoras e seus resultados”, afirma Paladino.
Ele completa: “Em resumo, o mercado segurador é um dos mais desafiadores, interessantes e em crescimento no Brasil. O setor segurador tem investido em ferramentas tecnológicas e inteligentes para a avaliação dos riscos, sempre facilitando o relacionamento entre a empresa e pessoa física”.