Congresso

Haddad minimiza devolução de MP do PIS/Cofins 

De acordo com o ministro, a reação de parlamentares à proposta "faz parte da democracia" e ainda disse que não achou "indevida" a reação do setor produtivo

Ministro Haddad
Foto: Alessandro Dantas/Fotos Públicas

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), minimizou a devolução da medida provisória que restringia os créditos de PIS/Cofins e dividiu com o Congresso Nacional o ônus de encontrar uma nova fonte de compensação à desoneração da folha. De acordo com o ministro, a reação de parlamentares à proposta “faz parte da democracia” e ainda disse que não achou “indevida” a reação do setor produtivo.

“O Senado assumiu uma parte da responsabilidade por tentar construir uma solução, pelo que eu entendi da fala do próprio presidente Rodrigo Pacheco”, declarou Haddad nesta terça-feira (11), de acordo com o “Valor”.

“Nós vamos colocar toda a equipe da Receita Federal à disposição do Senado para tentar construir uma alternativa, uma vez que há um prazo exíguo e que precisa encontrar uma solução [para compensar a desoneração]”, acrescentou o ministro.

Quando questionado se haveria algum “plano B”, ele respondeu que não tinha. Contudo, ele continuou dizendo que é possível encontrar a solução. “Sempre dá para encontrar uma solução.”

Haddad diz que levará a Lula propostas sobre revisão de despesas

ministro da FazendaFernando Haddad, declarou, nesta terça-feira (11), que apresentará propostas de revisão de gastos públicos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante as discussões do governo sobre o Orçamento de 2025.

Em entrevista à imprensa, o ministro indicou que a área técnica do ministério está discutindo vários cenários, sem especificar quais medidas específicas poderiam estar em análise.

“Por ocasião da discussão do Orçamento, vamos levar algumas propostas ao presidente, que pode aceitar ou não, dependendo da avaliação que ele fizer”, afirmou o ministro.

Ministro defende taxar super-ricos para financiar luta climática

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, defendeu de taxar os super-ricos para financiar ações de combate às mudanças climáticas.

“Suponha que o que aconteceu no Rio Grande do Sul aconteça num país de mesma dimensão, tem países que não tem condições de superar com as próprias pernas uma catástrofe como essa”, disse Haddad.

O montante cedido pelo governo federal ao Rio Grande do Sul para auxiliar na recuperação da tragédia com as enchentes já alcança R$ 62,5 bilhões.  Segundo Haddad, ao menos o estado tem a União para se apoiar.