Economia

BofA eleva previsão para do PIB do Brasil para 3% em 2023

Melhora é atribuída aos dados acima do que o esperado no segundo trimestre

O Bank Of America (BofA) melhorou a perspectiva para os números do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil e 2023. O banco agora vê a atividade expandindo 3,0% em 2023, de 2,3% anteriormente.

A melhora é atribuída aos dados acima do que o esperado no segundo trimestre, exportações em alta e uma perspectiva menos negativa sobre o volume de investimentos este ano.

“Embora pouco tenhamos mudado nossa visão sobre o consumo privado, a força do mercado de trabalho continua a nos surpreender pelo lado positivo. Tal resiliência tem dado apoio à mudança das preferências do consumidor em direção aos serviços desde a pandemia”, diz o relatório assinado por David Baker e Natasha Perez.

O BofA ressalta que a dinâmica econômica mostrou resiliência no segundo trimestre, ao contrário do que se esperava depois da expansão de 1,9% nos três primeiros meses do ano. O alto nível de juros não restringiu o consumo privado, provavelmente por causa da alta das transferências de governo, ao passo que a apreciação da moeda estimulou importações, notadamente de bens de capital.

“Tudo somado, esperamos que o crescimento deve desacelerar em relação ao primeiro trimestre, mas ainda apontar alta de 0,8% no período, com melhora da sua composição”, dizem os economistas do BofA.

Eles destacam também a alta dos indicadores de confiança nos últimos meses, na esteira da redução das incertezas fiscais e com a política monetária. Combinado com o início do ciclo de cortes de juros e o avanço de reformas importantes, como a tributária e a do novo arcabouço fiscal, esses fatores também levaram a uma melhora da expectativa de do PIB em 2024, de 1,8% para 2,2%.

Fitch melhora rating de quatro estados brasileiros

A agência de classificação de risco Fitch elevou os ratings nacionais de longo prazo de quatro estados e duas cidades do Brasil. Subiram do patamar ‘AA(bra)’ para ‘AAA(bra)’ o estado e o município de São Paulo, os estados do Rio de Janeiro, de Alagoas, do Paraná e a cidade de Niterói (RJ).

As mudanças vieram na esteira da elevação do rating de crédito do Brasil para ‘BB’, em 26 de julho.

De acordo com a Fitch na época, a decisão reflete desempenho macroeconômico e fiscal melhor que o esperado. Nesse sentido, a agência citou no relatório divulgado ao mercado, a expectativa de que o novo governo trabalhará para mais melhoras. A Fitch ainda destacou que espera que as novas regras fiscais e medidas tributárias no Brasil ancorem uma consolidação fiscal gradual.

“Os ratings do estado de São Paulo, do estado de Alagoas e do estado do Rio de Janeiro se beneficiam de apoio financeiro intergovernamental e são equalizados em rating implícito na escala nacional do soberano brasileiro”, disse a agência em nota.