índice de abril

Construção: confiança do setor cai 1,4 ponto, para 95,2 pontos

Inseguranças sobre juros e fiscal provavelmente contribuíram para redução do otimismo no setor

Setor de Construção
Setor de Construção / Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

O ICST (Índice de Confiança da Construção) caiu 1,4 ponto em abril, para 95,2 pontos, segundo divulgação da FGV (Fundação Getúlio Vargas) nesta quinta-feira (25).

Através de nota, a instituição afirmou que as perspectivas conservadoras para a taxa de juros e dificuldades fiscais do governo provavelmente contribuíram para diminuir o otimismo das empresas e manter o índice abaixo do nível de neutralidade (100).

A queda na confiança, contudo, não reverte as projeções de crescimento do setor de construção em 2024.

Confiança do consumidor melhora pelo 2º mês seguido, diz FGV

A confiança do consumidor brasileiro demonstrou um aumento pelo segundo mês consecutivo em abril, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira(24), pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) registrou um crescimento de 1,9 ponto, alcançando 93,2 pontos e retornando ao patamar observado em dezembro do ano anterior.

“A melhora da confiança no mês foi influenciada, principalmente, pelas expectativas para os próximos meses, enquanto a percepção sobre a situação atual ficou praticamente constante entre março e abril”, disse em nota Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.

No mesmo período, o Índice de Situação Atual (ISA) apresentou uma leve queda de 0,1 ponto, chegando a 80,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) teve um avanço de 3,1 pontos, atingindo 102,2 pontos, o maior nível desde dezembro de 2023 (102,5).

Entre os componentes que compõem o ICC, o indicador que avalia as expectativas em relação às finanças futuras das famílias foi o principal responsável pelo aumento da confiança no mês, registrando um avanço de 5,4 pontos, atingindo 106,2 pontos, o maior valor desde agosto de 2023 (107,5 pontos).

A economista do FGV destacou que o aumento da confiança foi mais significativo nas faixas de renda mais baixas, sugerindo uma possível reversão da desaceleração observada no último trimestre do ano anterior.

No entanto, ela ressaltou que, devido às restrições financeiras enfrentadas por muitas famílias, é preciso cautela ao confirmar uma tendência clara de recuperação da confiança nos próximos meses.