Dólar opera em alta com dados da inflação na China

Os investidores estão cautelosos após a divulgação dos dados da inflação na China

O dólar opera em leve queda na manhã desta segunda-feira (11). Próximo das 10h55 (horário de Brasília), a moeda norte-americana opera em alta de 0,24%, vendida a R$ 4,709. Na última sexta-feira (8), o dólar fechou em queda de 0,66% com cotação de R$ 4,7094.

Os investidores estão cautelosos após a divulgação dos dados da inflação na China no último domingo (10). O índice de preços ao produtor (PPI) do país asiático subiu 8,3% na comparação anual com o mês de março. Os dados vieram acima do esperado pelos investidores e também mostraram uma desaceleração dos números frente aos 8,8% registrados em fevereiro, o que influencia o dólar nesta segunda. 

O mercado também espera pelo início da temporada de balanços dos principais bancos dos EUA, que começa nesta semana. JP Morgan, Citigroup, Goldman Sachs e Morgan Stanley estão entre as principais empresas que divulgam resultados.

A publicação da ata da reunião do FED, o banco central norte-americano, que foi divulgada na semana passada, segue repercutindo negativamente. A indicação de aumento na taxa de juros dos EUA para controle da inflação deixou o investidor apreensivo. Com juros maiores nos EUA, os investidores começam a tirar o capital do Brasil e levar aos EUA em um fenômeno chamado de “voo de qualidade”, pois os títulos do governo americano são mais seguros do que os títulos do Brasil. Por conta disso, a moeda brasileira pode ficar desvalorizada perante o dólar.

No cenário nacional, a apreensão toma conta dos investidores após a divulgação dos dados do IPCA (Índice Nacional do Consumidor Amplo) que foram publicados na última sexta-feira (8) e registraram alta de 1,62% em março, maior taxa para este mês desde 1994. A tendência de aumento de na taxa Selic para o controle da inflação no Brasil preocupa.

As potências ocidentais devem anunciar mais um pacote de sanções econômicas contra a Rússia. Nas últimas semanas, os EUA e países europeus têm aumentado o apoio à Ucrânia em forma de retaliações a Moscou e armamento em meio a guerra no Leste Europeu, o que vem influenciado a trajetória do dólar nos últimos meses.