Frigorífico da JBS (JBSS3) volta a exportar para China

Carlos Fávaro anunciou que a China retirou a suspensão das exportações de três frigoríficos brasileiros

O abatedouro bovino da JBS (JBSS3) em Mozarlândia (GO) voltará a exportar para a China. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou nesta quarta-feira (18) que a China retirou a suspensão das exportações de três frigoríficos brasileiros, cujos embarques para o país asiático estavam embargados desde o ano passado. O anúncio foi feito à imprensa após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto.

A China levantou as suspensões impostas aos abatedouros de aves da Bello Alimentos, de Itaquiraí (MS), e São Salvador Alimentos, de Itaberaí (GO). Além do abatedouro bovino da JBS em Mozarlândia. 

O motivo da suspensão do frigorífico em Mozarlândia não foi divulgado na época. Inicialmente, a China havia barrado as importações de carne da unidade da JBS por uma semana e, após uma auditoria, ficou definido que a interrupção seria por tempo indeterminado – que durou até agora.

De acordo com Fávaro, a reabilitação representa um gesto de “boa vontade” de Pequim com o novo governo brasileiro. Agora só permanecem suspensos os frigoríficos Redentor (Guarantã do Norte-MT), BRF (Lucas do Rio Verde-MT), Masterboi (São Geraldo do Araguaia-PA) e BRF (Marau-RS).

Haddad defende maior integração da América Latina

Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda, defendeu nesta quarta-feira (18) a integração regional como forma de atrair investimentos para a América Latina. Além disso, o ex-presidenciável afirmou que a produção de energia limpa deve ser encarada como “elemento central no processo de reindustrialização”.

Ambas as declarações foram feitas em um painel sobre liderança na América Latina, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Além de Haddad, participaram do evento os presidentes do Equador, Guillermo Lasso, da Colômbia, Gustavo Petro, da Costa Rica, Rodrigo Chave e a vice-presidente da República Dominicana, Raquel Peña.

Segundo o ministro, a integração regional depende de investimentos em infraestrutura, elaboração de novos acordos comerciais e fortalecimento do Mercosul.

“Acredito que a integração dos nossos mercados para ganhos de escala consideráveis seja outro elemento importante para atrair investimentos externos, compatíveis com as nossas necessidades, de oferecer empego da mais alta qualidade para nossos trabalhadores. Não é só investimento em educação que deve ser feito, mas um tipo de investimento do qual nossa região tem um déficit importante. Para isso, a escala dos mercados é uma questão central”, disse.

Além disso, Haddad explicou de que forma a produção de energia limpa pode ser um diferencial para os países da América Latina. “Ela (a energia limpa) não é facilmente transportável – não se transporta energia eólica ou solar como se transporta o óleo – e isso pode ser uma vantagem não só por interligar as Américas com linhas de transmissão, mas pode ser um fator determinante para atração de indústrias que queriam produzir a partir de energia limpa para que a cadeia produtiva esteja em compasso com as determinações ambientais, que hoje são incontornáveis”, afirmou.