Economia

Mercadante: “Temos de enfrentar complexo de vira-lata”

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, afirmou que o Brasil vive um ambiente econômico favorável ao desenvolvimento da industria

Aloizio Mercadante (PT), BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), afirmou, nesta quinta-feira (22), que o Brasil vive um ambiente econômico favorável ao desenvolvimento da política industrial, com bons indicadores macroeconômicos. 

Em discurso na posse do novo presidente da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), realizado no Ministério do Planejamento, defendeu que “temos que proteger o mercado. Senão, não tem industrialização como o mundo está vendo”. 

“Temos de enfrentar o complexo de vira-lata”, disse Mercadante. O presidente também destacou que conta com a Embraer, com atuação relevante no mercado de aeronaves, precisa fortalecer a indústria, de acordo com o InfoMoney. 

Mercadante defende programa de reindustrialização

Além disso, o Mercadante também estendeu a defesa à NIB (Nova Indústria Brasil), com argumentos de que o programa de reindustrialização, lançado pelo governo Lula, em janeiro de 2024, se alinha com o que a prática atual na América do Norte, principalmente nos EUA

O intuito do programa é oferecer subsídios, empréstimos com juros reduzidos e a ampliação de investimentos federais. Bem como, os incentivos tributários e fundos especiais para estimular a indústria nacional. Com a maioria dos recursos partindo do BNDES, cerca de R$ 300 bilhões, junto com a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial.

Segundo o portal de notícias, durante a posse de Cappelli o programa foi muito defendido, pois a ABDI estará à frente do monitoramento de parte do cumprimento de metas da NIB. O MDIC (Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) conduzirá o programa, junto com o Ministério do Planejamento e Orçamento, BNDES  e Finep. 

“Precisamos fazer com que o setor público perca o medo de investir em inovação”, disse Cappelli. Outra vertente citada por ele se refere às compras públicas como política de desenvolvimento industrial, tidas como eficazes. “Um relatório publicado pelo FMI em janeiro mostra que os países que mais fazem esse tipo de política estão na América do Norte”, disse.