A produção industrial dos EUA caiu 0,1% em janeiro em relação a dezembro de 2023. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (15) pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA). O mercado esperava um avanço de 0,2%, segundo analistas consultados pelo The Wall Street Journal.
A produção mais baixa do que o esperado, em tese, é uma boa notícia para o mercado de capitais de todo o mundo. Ela dá uma indicação de desaquecimento da economia americana, o que representa um sinal de que o Fed pode iniciar o ciclo de queda da taxa de juros no país.
Os juros altos nos EUA aumentam o interesse dos investidores por títulos da dívida americana. Em contrapartida, isso torna menos atrativos os aportes em ações negociadas em Bolsas de Valores, principalmente nos mercados emergentes, como é o caso do Brasil.
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MANUFATURA E MINERAÇÃO
De acordo com o Fed, a produção manufatureira nos EUA recuou 0,5% entre dezembro e janeiro. A mineração recuou 2,3%. Ambas as atividades foram prejudicadas pelas condições climáticas do inverno no Hemisfério Norte.
A maior demanda por calefação, no entanto, elevou em 6% o índice de serviços básicos da indústria. A utilização da capacidade produtiva caiu 0,2 ponto percentual em janeiro, alcançando 78,5%, 1,1 ponto percentual abaixo da média de longo prazo.
FED: DIRIGENTE SUGERE CORTE DE JUROS ANTES QUE INFLAÇÃO VOLTE A 2,0%
O presidente do FED de Chicago, banco central dos EUA, Austan Goolsbee, fez uma indicação nesta quarta-feira (14) de que a instituição que cuida da política monetária do país não deve esperar a inflação nos EUA retornar à taxa anual de 2,0% para iniciar o corte de juros.
“Não queremos seguir neste nível restritivo de política por muito tempo”, afirmou o membro do FED, em evento no Council on Foreign Relations, em Nova York.
De acordo com o Estadão, o dirigente não votou nas reuniões do FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto) deste ano, contudo, ele disse que a manutenção da taxa básica em nível restritivo por um período exageradamente longo poderia trazer riscos ao mercado de trabalho.
Ainda em sua concepção, é um erro acreditar que os salários devem desacelerar de forma significativa para que a inflação caía.
