Rede Blockchain Brasil: BNDES e TCU querem criar rede nacional com tecnologia blockchain

Os dois órgãos realizaram um evento para lançar a medida e convidar outros órgãos a integrarem a rede

A Rede Blockchain Brasil (RBB), rede nacional pública idealizada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), deu mais um passo para sua criação. Nesta segunda-feira (30), os dois órgãos realizaram um evento para promover o lançamento do projeto. 

O acordo de cooperação técnica entre o TCU e o BNDES foi assinado no mês passado, e consiste em um plano para utilizar a tecnologia blockchain para viabilizar uma rede nacional pública que aumente a confiabilidade, eficiência e transparência dos serviços públicos. 

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No evento, Gustavo Montezano, presidente do BNDES, afirmou que outros órgãos públicos podem integrar a rede, que ainda terá seu regulamento definido. Ele também declarou que a rede visa melhorar o serviço para o cidadão e garantir mais segurança aos serviços públicos envolvidos no processo de contratação e registro de operações. 

O presidente do BNDES espera que a tecnologia esteja disponível a partir de 2023. “Nós estamos anunciando e convidando outros parceiros para fazer testes pilotos nessa estrada digital”, afirmou Montezano. 

O que é a Rede Blockchain Brasil e como ela irá funcionar?

A tecnologia blockchain funciona como uma base de dados pública e descentralizada, a partir do armazenamento de informações em blocos encadeados de forma sequencial, explicou o TCU. As operações são validadas por agentes independentes. 

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“Vai aumentar a confiança do cidadão em processos e informações governamentais por meio de infraestrutura descentralizada e cooperativa”, afirmou Wesley Vaz, o secretário de Gestão de Informações para o Controle Externo. 

Na Rede Blockchain Brasil, os patronos, BNDES e TCU, terão poder de voto, bem como os participantes associados. Tais participantes irão cuidar da validação e do registro das transações dentro da cadeia blockchain. Os parceiros, por outro lado, poderão apenas desfrutar da tecnologia a partir das transações, mas não terão autorização para participar do núcleo de validação e consenso da rede.